A menos de quatro dias para ser derrotado pelas urnas na eleição deste domingo (28), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), se revela um homem melancólico, abandonado e oscilante sem saber o que fazer para contornar a situação de milhares de moradores de Vicente Pires, que estão sendo engolidos pelas enxurradas provocadas pelas chuvas por causa da obra eleitoreira e malfeita. Triste fim
Por Toni Duarte//RADAR-DF
O clima no Buriti é de velório. Os assessores, aos poucos, se afastam do solitário socialista que dá sinais de cansaço e carrega semblante melancólico de quem deixará o poder demitido pelo povo.
As vésperas do segundo turno da eleição, que definirá pelo voto o próximo governador do Distrito Federal, o palácio do Buriti parece um museu fantasma, principalmente no andar que fica o gabinete do governador.
Os únicos que restam são os menos de 15 colaboradores mais fiéis, que já abandonaram as gravatas, limparam as gavetas e perderam completamente a esperança da reeleição do chefe.
A turma da “boquinha” começa a pular do navio a pique para se agarrar na corda jogada pelo emedebista Ibaneis Rocha que está no topo das pesquisas de intenções de voto.
O cara da “Geração Brasília” se desidratou junto ao povo e virou pó. Rollemberg termina o mandato sozinho, abandonado e acusado por muitos de seus aliados, exemplo do pessoal da Rede Sustentabilidade do Distrito Federal, de ser um desleal.
Em uma nota pública, os seguidores de Marina Silva justificaram que Rollemberg e sua equipe revelaram-se descompromissados com os valores e ideais programáticos que a REDE defende e acredita. “Demonstraram mais apego à construção de um projeto pessoal e de poder pelo poder”.
Afirmam também que viram na campanha de reeleição, do pior governador de Brasília, uma prática política predatória, sustentada em ataques pessoais aos adversários, pouca ênfase na apresentação de propostas.
Por fim, acusam o governador de ingrato e desleal com quem teve coragem em defendê-lo no momento em que ninguém o defendia. Sustentam: “honrar compromissos, respeitar aliados e não trair a confiança das pessoas são princípios básicos para qualquer homem público”.
Rollemberg acreditava que um raio pudesse cair, por duas vezes, no mesmo lugar e que teria a mesma sorte de continuar na cadeira numero 1 do Buriti, como a que teve em 2014, quando foi eleito governador do Distrito Federal.
Dessa vez o cenário é outro. O carreirista político, com quase 30 anos na vida pública, está a menos de três dias de perder o emprego para ser sucedido por um homem que jamais foi político na vida e que é visto como o “cavaleiro da esperança” com capacidade de tirar Brasília do caos.
Na reta final da campanha do segundo turno, Rollemberg é vencido por uma realidade cada vez mais próxima que lhe empurra para o banzo antecipado do poder perdido.
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