Setores do PSB, partido do governador Rollemberg, já pediram a cabeça de Bruna Pinheiro por entender que a presidente da Agefis ajudou na construção do maior índice de rejeição popular que um governo já amealhou em toda a história política do DF. Mas Rollemberg, o chefe do governo cadavérico, diz que não irá interferir nas ações da Agefis. Melhor para a oposição
Ela descumpre mandatos judicias; diz ter nojo de quem mora em condomínios; chama um terço da população do DF que mora em áreas irregulares de “bandidos e grileiros”; que moradores do Pôr do Sol e de Ceilândia são ladrões de terras e tem convicção que boa parte dos advogados do DF é vigarista, picareta e estelionatária.
No entanto, Bruna Pinheiro parece resistir aos pedidos de conselheiros e seguidores políticos do governador Rodrigo Rollemberg que querem ela fora do governo.
A presidente da Agefis, que se qualifica como o suprassumo da honestidade, e que se beneficiou com a outorga da habite-se de sua própria casa em um condomínio irregular no Lago Sul, mandou para o chão, por falta do mesmo documento, expedido pelo Poder Público, mais de 12 mil moradias nos últimos dois anos em operações violentas que deixaram mais de 20 mil pessoas desabrigadas.
A mesma Bruna que manda destruir casas, sob a alegação de que estavam em áreas públicas, é a mesma que fecha os olhos para o haras da família Rollemberg que rouba água de uma nascente que desemboca no Lago Paranoá, mesmo que isso ameace uma Área de Preservação Permanente (APP) entre o Park Way, Riacho Fundo e o Gama.
As irregularidades foram constatadas em um laudo produzido por técnicos do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). O local que deveria haver hortaliças, os Rollemberg mantêm uma criação de cavalos manga-larga e tirou a vegetação nativa substituindo por grama. Além disso, fez uma estrada para treinar os animais.
A menos de 12 meses para o start da corrida eleitoral do próximo ano, que iniciam com as convenções partidárias, em maio, o governo cadavérico acredita que mostrando uma Brasília que existe apenas nos seus programas eleitorais, pode reverter o sentimento de repulsa popular. As “rodas de mentiras virtuais do PSB” não pegam mais como ocorreu com as “rodas de conversas fiadas” do então candidato Rodrigo Rollemberg durante a campanha eleitoral em 2014.
Uma deputada do grupo político do governo confidenciou ao Radar que o desgaste é tão grande que se torna difícil acompanhar o governador Rodrigo Rollemberg nos compromissos em ambientes fora do Buriti.
Para evitar constrangimentos, segundo ela, o governo tem usado a estratégia de convocar servidores comissionados para baterem palmas para Rollemberg durante as reuniões nas comunidades, principalmente nos finais de semanas, segredou a parlamentar.
“Na minha opinião o governador perde pelos dois lados: pelo lado do servidor que fica chateado por ser obrigado a deixar seus afazeres no final de semana, sob pena de perder o emprego, e perde pelo lado da comunidade que não participa efetivamente desses encontros”, avaliou a parlamentar.
Em 2015, no primeiro ano do governo, levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas, revelou que 46,6% dos moradores do Distrito Federal (DF) reprovavam a gestão do governador Rodrigo Rollemberg.
Em 2016 o Instituto Exata Opinião Pública aferiu um junho que o desempenho do governo era ruim ou péssimo para 58% do eleitorado. Em outubro, a reprovação popular avançou para 60% e em dezembro, a avaliação negativa alcançou 64% da população.
Na última pesquisa realizada pelo Instituto Exata entre os dias cinco e oito de junho deste ano destaca a forte rejeição do eleitorado ao nome do governador em uma eventual tentativa de reeleição, sem traçar comparações com outros candidatos em potencial.
Entre os entrevistados, 83,3% afirmam não votar em Rollemberg de forma alguma. Outros 11,5% dizem talvez votar nele, enquanto apenas 2,7% declaram votar, com certeza, no atual gestor do Distrito Federal.
A rejeição ao governador cresceu 22 pontos no último ano. Enquanto era de 65% em julho passado, agora, subiu para 87%. Apenas 9% da população aprova Rollemberg.
Regiões Favoráveis
As regiões Administrativas onde o governador tem maior aprovação são: Vicente Pires (20%), Riacho Fundo I (16,7%), Guará (15,4%), Jardim Botânico (14,3), Brazlândia (12,5%), assim como o Plano Piloto (12,5%).
Regiões desfavoráveis
As regiões Administrativas onde o governador tem maior desaprovação são: Varjão (100%), Itapoã (100%), Santa Maria (95,8%), Park Way (95%), Sudoeste (92,9%), assim como o Paranoá (92,9%).
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