A 19 dias para fechar a janela partidária, que se encerra no próximo dia 7 de abril, a maioria dos partidos políticos do DF, ainda não conseguiu fechar as nominatas (lista de candidatos), e bem mais grave do que isso: faltam mulheres que queiram disputar as eleições desse ano. No entanto, elas já são 54% do eleitorado e serão as protagonistas que podem eleger quem tem propostas claras em defesa da mulher
Por Toni Duarte
A falta de incentivo por parte dos partidos políticos para atrair mulheres a se engajarem na vida partidária é a principal razão do pouco interesse da presença feminina na disputa eleitoral.
Apesar da imposição prevista na Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95) que estabelece uma reserva obrigatória mínima de 30% de vagas para candidatas mulheres nas eleições, mais isso pouco vem sendo observado pelas legendas partidárias.
É comum se vê nos programas partidários na TV um candidato homem criticar a violência contra a mulher, mas isso não significa que os objetivos da lei estejam sendo cumpridos.
No ano passado o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu cassar o tempo de propaganda de nove partidos políticos (PRB, PHS, PT, PSB, PSC, PMDB, PC do B, PR e PSD) que descumpriram regra para incentivar a participação feminina na política.
Se como candidatas o número de mulheres é insignificante, a cada eleição no Distrito Federal, como eleitoras elas são um exército bem maior do que o de homens, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF). Elas já são 54% dos mais de 2 milhões de eleitores que irão às urnas nas eleições desse ano. São 159.354 mulheres a mais do que homens.
Os dados divulgados pelo TRE-DF, está servindo para nortear os discursos e propostas de alguns pré-candidatos a governador do Distrito Federal.
Em contato com o Radar, o médico e pré-candidato Jofran Frejat (PR), que disputará o Buriti, afirmou que a violência doméstica é uma realidade cruel na capital da Republica, sendo uma das grandes violações de direitos das mulheres.
“Os investimentos públicos necessários para ajudar na interrupção da violência contra a mulher, lamentavelmente, são insignificantes.
Frejat adiantou que a violência contra a mulher vem sendo um tema em constante debate, ao lado de representantes da sociedade civil, visando a construção de um conjunto de propostas que serão implementadas com prioridade caso chegue ao Buriti.
“Faremos uma gestão com propostas voltadas para as mulheres, tendo como ponto de partida a ampliação da educação infantil, que permitirá que as mães possam trabalhar com tranquilidade. Além de adotar medidas de prevenção da violência, vamos garantir a adoção de medidas de equidade de gênero e muito mais”, afirmou.
Para Frejat, a Lei Maria da Penha desnaturaliza a violência e encoraja a mulher, “mas aqui no DF a lei é pouco incrementada e falta incentivo do governo”. concluiu.
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