Deixar a vida pública ou seguir nela? Sair do PDT ou ficar sem mandato como é o desejo de alguns de seus aliados? Esse é o principal dilema que acompanha o deputado distrital Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa.
A sexta-feira (06), foi marcada por encontros de bastidores as portas fechadas e celulares desligados pela maioria dos dirigentes partidários para fechar coligações e conquistar novos quadros quando faltam menos de 24 horas para o fim do prazo da troca de partidos que encerra neste sábado (07).
Desde o início do período para a troca de partido, que iniciou no dia sete de março e termina amanhã, inúmeras legendas ofereceram abrigo para Joe Valle ou como candidato ao Senado ou como candidato a Câmara Federal posições que o presidente da CLDF aparece mais bem pontuado em todas as pesquisas de intenção de voto.
No entanto, o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle estaria disposto a abandonar a vida pública e cuidar da vida privada como empresário, atividade que deixou sobre os ombros da família desde 2010, quando se elegeu pela primeira vez como deputado distrital. Joe já está no segundo mandato.
Mas não é apenas isso que pesa na suposta decisão atribuída ao presidente da Câmara Legislativa, que nos últimos oito anos foi o político que mais cresceu no conceito da população.
Cresceu por adotar medidas de austeridade e de transparência no controle social dos gastos públicos, bem como por fazer um bom combate a um governo que destruiu a saúde, a segurança e a educação e acabou com a autoestima do povo brasiliense.
O lançamento da pré-candidatura dele ao Buriti teria sido sentido pelo parlamentar como uma imposição..
Apesar do nome de Joe Valle aparecer nas pesquisas de opinião como pré-candidato a governador, o presidente da CLDF, sempre pregou o discurso de que “na política tem fila” e que a sua frente havia muitos postulantes ao cargo, a exemplo do médico Jofran Frejat pré-candidato do PR.
Valle nunca escondeu o fato que gostaria de participar de uma chapa majoritária ao lado de Frejat, onde o seu partido, o PDT, tivesse uma participação nas ações programáticas do projeto de governo, as mesmas que foram ignoradas pelo governador Rodrigo Rollemberg, causa que motivou o desembarque do partido do barco socialista no ano passado.
O chefe do Poder Legislativo do DF ainda pode decidir antes do prazo final para troca de partido qual o caminho a seguir.
Como um conciliador e articulador nato da política brasiliense uma coisa Joe Valle fará até o último minuto do segundo tempo: tentará convencer o PDT-DF a se unir a uma chapa majoritária capaz de vencer as eleições e tirar Brasília do caos.
