O governador de São Paulo e presidente do PSDB nacional, Geraldo Alckmin, deu a senha aos tucanos brasilienses, que à candidatura de Izalci Lucas ao Buriti é a que deve ser seguida no Distrito Federal. Um vídeo gravado em que aparece Alckmin, candidato à Presidência da República ao lado de Izalci ,desanimou o governador Rollemberg de tentar amarrar o PSDB local ao seu fracassado projeto de reeleição em 2018
Por Toni Duarte
Os poucos mais de 20 tucanos, liderados pela ex-governadora e fundadora do PSDB local, Maria de Lourdes Abadia, que ocupam cargos no governo Rollemberg, desde novembro passado, podem deixar o partido ou mudar de vez, de malas e cuias, para o PSB, partido do governador.
Após ter sido abandonado por partidos com tempo na televisão como o PDT, PSD, REDE, PPS, que alavancaram a sua vitoriosa campanha em 2014, Rodrigo Rollemberg vive o dilema de ficar sozinho rodeado por partidos nanicos, sem representatividade política e considerados como legendas de aluguel.
A estrondosa vaia que levou durante a convenção do PSDB, ocorrida no dia 9 de setembro em Brasília, que escolheu o governador Alckmin à presidência nacional do PSDB, serviu para que caísse a ficha do governador do quanto será difícil amarrar o PSDB ao seu projeto de reeleição.
Rollemberg é acusado de ter orquestrado a divisão do partido ao atrair alguns tucanos, de alta plumagem, como Maria de Lourdes Abadia e o suplente de deputado, Virgílio Neto, para dentro do governo em troca de um punhado de cargos, grande parte inexpressivos.
A estratégia do governador tinha o objetivo de enterrar à candidatura própria do PSDB, que tem o deputado federal Izalci Lucas como pré-candidato à governador e que vem sendo bem avaliado pelas pesquisas no conceito do eleitorado brasiliense.
A outra intenção do socialista era a de garfar a legenda tucana para uma possível chapa Rollemberg-Abadia ao governo do DF, em 2018.
Abadia e Virgílio Neto foram nomeados para a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).
Os tucanos rebeldes ficaram que nem pinto no lixo em cima dos cargos e contavam que poderiam contar com a ajuda do senador Tarso Jereissati e com o governador Alkmin, além do empenho do próprio Rollemberg.
O governador de Brasília atuaria fortemente junto ao vice-governador de São Paulo, Marcio Franco que é do seu partido, e que assume a partir de abril do próximo ano o governo paulista com a saída de Geraldo Alckmin para disputar a Presidência da República.
No entanto, o apoio direto do presidenciável Alckmin ao projeto político de Izalci Lucas como candidato a governador do DF, por meio de vídeos levados ao ar nas inserções do PSDB na TV, foi como um banho de água gelada no sonho de Rollemberg ter o PSDB local sob a sua rédea curta.
Corre nos bastidores do Buriti que o governador já pensa em chutar os tucanos do ninho socialista ou deixar como estar desde que Abadia e seu grupo virem PSB de carteirinha.