A tentativa de levar o PTB-DF para o colo do senador Antonio José Reguffe (Podemos), candidato ao Buriti em 2022, teria sido o principal motivo da destituição, sem aviso prévio, do presidente regional da legenda Fadi Faraj.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (31), pela presidente interina do PTB nacional, Graciela Nienov.
O lugar de Fadi Faraj deve ser ocupado pelo deputado distrital José Gomes, cujo nome será anunciado na próxima quinta-feira.
Desde que assumiu o comando do PTB-DF, em junho deste ano, o apostolo da Igreja Ministério da Fé, costurava uma aliança nos bastidores com o grupo político liderado por Reguffe, com quem na eleição passada fez dobradinha política o tornando seu suplente.
Pessoas ligadas a Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que se encontra afastado do cargo por estar preso na penitenciária de Bangú, no Rio de Janeiro, não concordavam com as articulações feitas por Faraj. Os motivos eram mais que óbvios.
O senador Reguffe é acusado pelos bolsonaristas de ser um dos signatários do requerimento, aprovado no Senado, que investiga a conduta do Governo Federal em supostas ações e omissões, perante a pandemia de coronavírus.
Além disso, o senador do DF votou a favor da derrubada do decreto de Bolsonaro que flexibilizava o porte de armas.
Em reunião ocorrida na noite de ontem, Fadi Faraj teria batido-boca com a presidente interina, Graciela Nienov, braço direito de Roberto Jefferson. Hoje, ele amanheceu destituído.
A decisão do PTB nacional, apenas atingiu Faraj, mas preservou os membros da direção do partido no DF.
Faraj ameaçou ingressar na justiça para se manter no comando da legenda.
No entanto, especialistas em direito eleitoral, afirmam ser pouco provável que ele tenha alguma chance de vitória, já que o PTB do DF é apenas um diretório provisório.
Hoje, assessores ligados ao deputado distrital José Gomes, confirmaram ao RadarDF que o parlamentar será o presidente do partido. O nome dele será anunciado na próxima quinta-feira.