Ao receber o apoio do governador Rodrigo Rollemberg, que o elegeu como presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa, o deputado Reginaldo Veras mudou completamente o discurso no que se refere aos projetos de interesse do governo. Agora ele é a favor da implantação das OSs no sistema de saúde pública do DF. É mole?
urante a sessão da Câmara Legislativa desta quarta-feira (23), o momento mais esperado era de como ficaria a composição da mais importante comissão permanente da Casa: a CCJ. O nome do deputado Reginaldo Veras (PDT) foi batizado pelo Buriti e foi aclamado por deputados de oposição e da base do governo. A CCJ tem o poder de debater e votar projetos de interesse do governo, de forma terminativa, sem precisar passar pelo Plenário.
Em maio do ano passado, o então presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), convocou os profissionais da saúde e dirigentes sindicais para uma audiência pública que lotou o grande auditório da Câmara Legislativa.
A pauta da reunião com, a participação popular era para discutir sobre as Organizações Sociais (OSs) na saúde pública do DF, projeto que o deputado Veras se dizia radicalmente contra. O pedetista apontava que os hospitais que têm OSs como administradoras não conseguem funcionar com qualidade e tem número limitado de atendimento.
“O dia em que uma OS quiser assumir um pronto-socorro de porta aberta (sem limite de atendimentos), quem sabe dê certo e eu até apoie, mas do jeito que está pelo país, por onde viajamos, vimos que não dá certo. Sou da base do governo, mas não vou contra ao que acredito e se depender de mim não vamos aceitar as OSs”, enfatizava esse discurso.
Porém a posição mudou. Nas últimas duas semanas, para o fechamento do acordo de escolha dos novos presidentes das comissões permanentes da CLDF, o deputado Reginaldo Veras foi o nome premiado pelo governador Rodrigo Rollemberg para comandar a CCJ, cuja fatura o distrital já começa a pagar com a mudança do discurso.
Ao ser perguntado por Radar sobre o projeto do executivo que entrega o bilionário sistema de saúde publica do DF às Organizações Sociais, Veras afirmou que defenderá, como presidente da CCJ uma discussão técnica e não política para o assunto.
“O meu compromisso é dar à CCJ um caráter mais técnico e menos político. Não haverá protelação, os projetos tramitarão cumprindo os prazos e não serão votados de forma açodada”. E foi mais além: “Quando eu estava na presidência da Comissão de Saúde, dizia que votava contra as OSs. Agora, como presidente da CCJ, se o projeto cumprir o aspecto técnico tenho que votar a favor”. Essa é de lascar!
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