O esfacelamento da chamada terceira via expôs as víceras de um caminho sem volta para o presidente do PTB-DF, Alírio Neto, junto a aliança partidária liderada pelo pré-candidato ao Buriti Jofran Frejat (PR). O aceno de Alírio para ocupar o lugar de vice, do ex-secretário de saúde, foi descartado. A vaga tem dono. Pertence ao MDB
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Faltando menos de 60 dias para o inicio do registro oficial de candidaturas para a eleição de outubro no Tribunal Superior Eleitoral com prazo limite em 15 de agosto, a aliança partidária liderada pelo médico Jofran Frejat começa a ser redesenhada com o esfacelamento do grupo da terceira via após a implosão provocada pela guerra de egos de seus integrantes.
Cristovam Buarque (PPS) e Rogério Rosso (PSD) e Wanderley Tavares (PRB), foram os primeiros a pular do barco e coube ao senador fazer a ponte para religar a interlocução com Jofran Frejat, líder imbatível em todas as pesquisas de intenções de votos realizada no DF pela corrida ao Buriti.
Dois motivos políticos teriam levado o senador Cristovam Buarque a pular do barco furado das madalenas: o primeiro foi a briga pela vaga de governador travada entre Alírio (PTB) e Izalci (PSDB). Ambos não chegaram a um acordo de quem seria o vice de quem.
O outro motivo de Cristovam para procurar Frejat, foi a possibilidade de disputar o Senado na vaga prometida ao empresário Paulo Octávio (PP).
Segundo se informa, o ex-vice-governador do DF pode sair do jogo diante das orientações jurídicas dadas pelos seus advogados. P.O pode até disputar as eleições esse ano, mas em uma situação subjudce já que é réu em sete processos judiciais.
Essa mesma vaga vem sendo perseguida pelo deputado distrital e presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT). O distrital abandonou a ideia de ser pré-candidato a governador pelo seu partido e trabalha para ter um lugar na majoritária liderada por Frejat.
Depois do racha da terceira via o próprio José Roberto Arruda (PR) deu uma forcinha para Alírio Neto para retornar a trincheira de onde nunca deveria ter saído, na opinião de um cacique político que integra a aliança de Frejat.
Alírio só viria com uma condição: para ser o vice.
“Sem chance”, reagiu ao Radar um dirigente de partido.