O ASSUNTO É

A CANDIDATURA QUE VIROU PÓ: ALÍRIO, SÓ FREJAT SALVA

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O PTB-DF implodiu e Alírio Neto pode desistir de vez como pré-candidato ao Palácio do Buriti. Montado em uma máquina de moer amigos e inimigos, Alírio conseguiu implodir em pouco tempo várias pontes, entre elas a que ligava ele à aliança partidária de Jofran Frejat. A mais recente implosão, detonada pelo delegado aposentado, levou para os ares a frágil pinguela construída pelo grupo das “Madalenas Arrependidas”. Agora, o petebista tem dificuldades de encontrar o caminho de volta

Por Toni Duarte//RADAR-DF

O delegado da PCDF e ex-deputado distrital Alírio Neto (PTB) perdeu o “time” e as suas pretensões de ser governador do DF, nas eleições de outubro,  se esvaíram. Resta ao candidato a alternativa de  uma pré-candidatura a deputado federal, projeto que pode atrapalhar  a eleição garantida de um outro delegado: o de Miguel Lucena.

Pelo caminho escolhido para chegar ao Buriti, o presidente do PTB-DF, chutou muitos baldes como ocorreu na aliança partidária, liderada por Jofran Frejat (PR), de onde o petebista nunca deveria ter saído.

Com o ego nas nuvens e acreditando que é com vigor físico que se ganha uma corrida eleitoral, Alírio Neto decidiu deixar o grupo por não querer cumprir um acordo em torno do “velhinho” Jofran Frejat, o mais bem avaliado, por todas as pesquisas de intenções de votos como  pré-candidato a governador, para vencer as eleições desse ano.

Alírio e Izalci se juntaram ao grupo das Madalenas Arrependidas, um ex-laranjal partidário que ajudou a eleger em 2014 o pior governo da história de Brasília e que fez parte do governo até o início deste ano.

Em menos de 60 dias, o pau quebrou no meio das “arrependidas”. Na queda de braço com Izalci (PSDB), pela disputa da cabeça de chapa, Alírio foi jogado para escanteio. Se voltar para lá, no máximo que conseguiria é ser o vice do tucano ou candidato ao Senado, se é que esse grupo sobreviva até agosto quando começa os registros de candidaturas.

Alírio encontra dificuldades em compor uma aliança com Eliana Pedrosa (PROS), já que seus mentores Fábio Simão e Wallison Perônico, primeiro-secretário do PTB-DF, são contra a aliança com a família Pedrosa e não se batem com a turma do Roriz e Manoel Neto, marido de Jaqueline Roriz.

Há quem sustente dentro do próprio PTB, que a dupla Wallison e Fábio Simão são uns “espalha brasa” e causadores de todas as cizânias nos  grupos por onde Alírio passou.

Nos últimos 20 dias, Alírio encontra-se recluso e não faz mais agendas políticas. Isso é constatado a começar pelas suas redes sociais que estão paralisadas. A atividade aguerrida e frenética  murchou. O ex-distrital desloca-se de casa para a academia e alguns passeios com a família.

A articulação política foi falha, a pior de todas. Os “articulistas” de Alírio conseguiram perder para a judicializada pré-candidatura de Izalci Lucas que não consegue nem mesmo controlar o racha do racha do PSDB local. Talvez Izalci terá o mesmo destino: a Câmara Federal.

Alírio também implodiu a sua nominata, os pré-candidatos a deputado distrital e federal do PTB-DF, se queixam  que estão abandonados e as promessas de ajuda não chegam. O desânimo toma conta da legenda.

Os apoiadores se debandam “a francesa”. O presidente nacional do partido, Roberto Jéferson  (alvo da “Operação Registro Espúrio” da PF, que desmontou nesta quarta-feira (30), um esquema fraudulento de registro sindical no Ministério do Trabalho), sentiu que o candidato do PTB em Brasília não decola e pedirá que Alírio Neto seja candidato a federal para salvar a legenda no DF.

Para os observadores políticos existe apenas um caminho a ser tomado por Alírio: o da meia volta em direção a Frejat de onde nunca deveria ter saído. Aliás, essa é a voz corrente entre todos os pré-candidatos do PTB que sonham em apoiar o “velhinho”  mais simpático do eleitorado brasileiense.

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