A Polícia Federal deu início à Operação Azkaban, na manhã desta quinta-feira (13), com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar o benefício auxílio-reclusão. Esse benefício é concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) às famílias de presos vinculados à Previdência Social. Foram expedidos pelos agentes oito mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva.
O fato ocorreu em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. De acordo com as investigações, cerca de 28 pessoas estão envolvidas diretamente com o esquema de fraudes e, pelo menos, 500 beneficiários receberam o auxílio de forma irregular, o que ocasionou prejuízo de mais de R$2 milhões aos cofres públicos do estado.
“A quadrilha cooptava [presos] que tinham registro na carteira e a partir da comprovação laboral, de vínculo à Previdência, falsificava a documentação” explicou Marcelo Henrique de Ávila, coordenador de inteligência da Previdência Social.
Segundo o delegado Jose Mauro Pinto Nunes, o grupo forjava atestado de encarceramento, carteira de identidade e carteira de trabalho dos apenados, para realizar saques elevados. Os principais crimes investigados são estelionato, organização criminosa, falsificação de documento e uso de documento falso.
A ação ainda não prendeu nenhum dos envolvidos com o crime. Ao todo, a Operação Azkaban conta com cerca de 40 policiais federais e três servidores da Coordenação-geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Pevidência. Além de Caxias do Sul, as buscas pelos criminosos são conduzidas na região de Chapecó, em Santa Catarina.