As 145 viaturas de luxo da polícia militar e os 435 policiais que servem apenas de adornos para vigia-las são proibidas de serem utilizadas no atendimento de qualquer ocorrência, mesmo que um crime de estupro ou um latrocínio esteja ocorrendo há poucos metros da área onde os veículos estão estacionados. A não ser em caso de uma catástrofe
Os carros modelo corola, equipados com câmbio automático, CVT de oito marchas, duas baterias, sete airbags , rotolight com lâmpada de LED e que custaram aos cofres públicos R$100,3 mil não serão usados no combate ao crime que domina o DF.
As viaturas onde são empregados quase 500 policiais ficarão plantadas ociosamente, em cima dos canteiros das cidades, apenas para serem exibidas para a população.
As novas viaturas não poderão ser usadas para atender às ocorrências recebidas pelos 190. Um documento interno da PMDF, determina que os veículos fiquem estacionados em pontos demonstrativos espalhados pela capital por fazerem parte de uma operação de “exibição”.
“Quem pedir socorro à polícia por está sendo assaltado, roubado ou sendo vitima de um estupro, o Copom pode destacar qualquer outra viatura, menos as que servem de vitrine, o que para mim é uma esculhambação da Segurança Pública”, disse um PM que trabalha em uma das novas viaturas.
O policial contou ao Radar que não pode sair para atender um pedido de socorro de uma pessoa, que foi vítima de assalto a poucos metros da área em que ele e o colega estavam estacionados e sem fazer nada, por não terem essa ordem.
“O comando da PM, além de deixar a população desprotegida resolveu também impor um castigo desumano aos policiais que são obrigados e ficarem parados o dia todo em um mesmo lugar, sendo que a função do militar é operacional e ostensiva para evitar que o crime ocorra”, disse um oficial PM ao Radar.
Para ele nem mesmo a famosa dupla “cosme e damião” pode ficar parada. Tem que circular. O coronel PM disse ainda que se é para adotar o policiamento estático não precisaria o GDF gastar tanto dinheiro com viaturas. “Bastava colocar para funcionar novamente os antigos postos da PM nas cidades”.
O ex-deputado e presidente do PTB, Alírio Neto, que também é policial civil foi mais alem: “A população do DF, que paga seus impostos, precisa de segurança e não apenas da sensação de segurança como Rollemberg quer passar com essas viaturas tipo bibelôs paradas sem fazer patrulhamento.
Segundo Alírio, o governo forja os índices da violência ao fechar as delegacias de polícia o que dificulta para que a população vitimada pelo crime faça o registro dos fatos. No sábado e no domingo ou no período da manhã é impossível encontrar uma delegacia aberta, por falta de pessoal em decorrência do sucateamento do sistema.
“Essa segurança enganosa é um crime que Rollemberg está cometendo contra a população do Distrito Federal. Só que tem segurança em Brasília é o governador que usa mais de 250 policiais para fazer a segurança dele e da família e ainda usa policiais para bisbilhotar as vidas de quem faz oposição a ele e ao governo dele”, disse Alírio.
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