“O que é isso, senhor? Eu não fiz nada de errado!”, foram palavras ditas pelo vendedor ambulante Welligton Luiz Maganha, de 30 nos, diante de uma sequência de pauladas nas costas e na cabeça desferida por dois PMs da Polícia Militar do Distrito Federal.
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O caso ocorreu na noite da última segunda-feira (01/05) em Planaltina. A OAB-DF condenou as agressões e disse que irá acompanhar a apuração dos fatos pela Corregedoria da PMDF.
O rumoroso caso de violência policial viralizou nas redes sociais por um vídeo. O vendedor ambulante Wellington Luiz aparece nas imagens sendo espancado a pauladas por dois PMs.
Na manhã de hoje, a vítima esteve no Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito. Dois advogados voluntários da vítima, disseram que irão cobrar do Estado indenização pelos danos morais.
A corregedoria da Polícia Militar instaurou ontem (2), o IPM (Inquérito Policial Militar ).
Em nota a PMDF esclarece que foi acionada para atender inúmeras denúncias de perturbação da tranquilidade e da ordem pública no local da ocorrência.
Ao analisar o vídeo, a PMDF diz que houve excesso na ação e que os policiais serão ouvidos no devido processo disciplinar/criminal e que tudo será apurado com o rigor que o caso requer.
O Comando da Instituição, tida como a mais bem treinada e mais bem paga do país, não aceita a quebra do protocolo usado por policiais nesse tipo de ação, principalmente quando se trata de policiais do GETOP, BOPE e de outros grupos táticos especiais da PMDF.
Várias testemunhas de um lado e do outro serão ouvidas. Nos grupos de whatsapp, que reúne moradores de Planaltina, contam versões diferentes da contada pela vítima.
Uma delas, presenciada por funcionários do próprio supermercado, foi de que Wellington Luiz chegou ao estabelecimento dizendo que estava com covid e assustando as pessoas. Ele estaria sem máscaras e cuspia para todos os lados.
Foi por causa disso que a polícia foi chamada ao local. Ele teria se recusado a sair do supermercado e ainda teria cuspido nos policiais.
Todas as versões, no entanto, serão devidamente apuradas tanto pela Polícia Civil de Planaltina como pela PMDF sob o acampamento da OAB-DF.