Com a prisão do prefeito Marcelo Crivella, ocorrida na manhã desta terça-feira (22), após desdobramento na operação Hades, que apura um esquema de propinas na prefeitura do Rio de Janeiro, aumentou para sete o número de políticos que já foram presos ou afastados dos cargos por esquemas de corrupção. Confira a lista a seguir:
Wilson Witzel, governador do estado, foi afastado do cargo no dia 28 de agosto deste ano após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é suspeito de fraudes em compras de equipamentos para auxiliar durante a pandemia. Além do afastamento do governador, o STJ expediu 17 mandados de prisão, sendo 6 preventivas e 11 temporárias, e 83 de busca e apreensão. A suspeita é de que o governador tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia de sua mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina.
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O ex-governador Luiz Fernando Pezão foi preso em novembro de 2018. Ele foi condenado por abuso de poder político e econômico por conceder benefícios financeiros a empresas como contrapartida a doações para a campanha eleitoral de 2014. Segundo o MPF, há registros documentais, nos autos, do pagamento em espécie a Pezão de mais de R$ 39 milhões no período 2007 e 2015. De acordo com o MPF, o valor é incompatível com o patrimônio declarado pelo ex-governador à Receita Federal. Em função disso, o ministro Felix Fischer autorizou buscas e apreensões em endereços ligados a 11 pessoas físicas e jurídicas, bem como o sequestro de bens dos envolvidos até o valor de R$ 39,1 milhões.
Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, em junho de 2017 por comandar um esquema criminoso de propinas recebidas por meio de contratos públicos como a reforma do Maracanã para a Copa de 2014, o PAC Favelas e a construção do Arco Metropolitano. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o prejuízo é estimado em mais de R$ 220 milhões. Cabral foi condenado em 11 ações penais da Lava Jato e tem pena total de 233 anos e 11 meses de prisão. O ex-governador está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Ele já foi preso 5 vezes desde que saiu do cargo. O ex-governador Anthony Garotinho é acusado por crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. Ele comandava, segundo a MPF uma organização criminosa que teria praticado ilegalidades nos contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos dos Goytacazes e a Odebrecht. Os crimes se referem ao período em que Rosinha, mulher dele, foi prefeita da cidade, entre os anos de 2008 e 2016. De acordo com a promotoria do Rio de Janeiro, os dois teriam embolsado até R$ 25 milhões em propina no esquema.
A ex-governadora do Rio, Rosinha Garotinho foi presa em novembro de 2017 junto com o marido por crimes eleitorais. Ela foi condenada em janeiro de 2020, mas recorreu e responde ao processo em liberdade. De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), o grupo econômico J&F fez uma doação ilegal de R$ 3 milhões, simulando um contrato com uma empresa indicada por Rosinha e Garotinho. Segundo a colaboração de um dos envolvidos no esquema, a organização criminosa liderada pelo casal intimidava e extorquia empresários exigindo quantias expressivas em dinheiro das empresas contratadas pelo município de Campos dos Goytacazes, com aval da prefeita Rosinha Garotinho.
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