O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), irá requisitar a instauração de investigação do acidente de trânsito que matou Lucas Cavalcante Andrade, 10 anos.
A colisão foi causada pelo policial militar Carlos Roberto de Carvalho Neto, 26, na madrugada da última terça-feira (16), na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB).
A requisição será feita para que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) apure o comportamento do PM. O procedimento deve ser obrigatório, de acordo com o MPDFT.
Segundo o Ministério, “somente com o resultado dessas investigações, será possível determinar que outras medidas a promotoria pode tomar”.
O policial militar foi liberado após prestar esclarecimentos na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas). Em depoimento, o PM informou que estava em Samambaia, e no momento do acidente, estava indo para sua residência, no Cruzeiro.
O oficial detalhou que, quando passou perto de uma obra, próximo à passarela do Riacho Fundo 1, um veículo de cor vermelha o fechou. Ele conta que tentou frear, mas bateu no carro que estava à frente, (o carro que Lucas estava).
O menino morreu no Hospital de Base. A Polícia Militar foi acionada, mas Carlos Roberto se recusou a fazer o teste do bafômetro e acabou conduzido à delegacia.
O militar só compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame que constataria a embriaguez, horas após o acidente. O laudo deu negativo.
Adelson Andrade clamou por justiça. “Cadê a justiça que não aparece para prender esse bandido? Acabou comigo, acabou com a minha família, minha mulher e meus filhos”. “Faz alguma coisa para ajudar, meu Deus”, disse o pai de Lucas.
Após o acidente, o policial foi afastado das ruas e vai exercer atividades administrativas, além de contar com apoio psicológico.