A auxiliar de serviços gerais, Isabel Ferreira Alves (37 anos), foi morta a facadas na noite desta sexta-feira (8), em Ceilândia, no Distrito Federal.
O crime ocorreu em menos de 24 após o decreto de regulamentação da Lei nº 6.713, que amplia o rol de locais de pedido de ajuda contra a violência doméstica e familiar.
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A trabalhadora de serviços gerais, em um shopping de Taguatinga, acreditava que poderia estar livre de tantas agressões e tocar a vida, como mãe sozinha, cuidando dos seus três filhos.
No entanto, a decisão de Isabel apontava que o pior estava por vir.
Passava as 21 horas da noite de ontem quando a casa de Isabel na QNN 3, conjunto D, de Ceilândia, foi invadida pelo assassino e ex-companheiro de identidade não revelada pela Delegacia Especial de Atendimento a Mulher II (Deam II) que investiga o caso
Isabel foi surpreendida com diversos golpes de faca na frente do filho de 15 anos que foi ameaçado pelo ex-padastro e correu desesperado para pedir ajuda aos vizinhos.
O socorro veio pelo Corpo de Bombeiros que ao chegar ao local já encontrou Isabel sem vida.
O ataque de fúria do ex-companheiro, armado de faca, perfurou vários órgãos vitais como coração, pulmões e ficado da vítima.
Isabel Ferreira Alves, foi a primeira mulher a sangrar, até a morte, 24 horas após decreto de regulamentação da Lei nº 6.713 — que amplia o rol de locais de pedido de ajuda contra a violência doméstica e familiar, publicado no Diário Oficial do DF na quinta-feira (7). O assassino de Isabel está foragido.
Sinal Vermelho
A campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, criada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reforça a importância da criação de novos meios de notificar casos de violência doméstica e familiar no contexto da pandemia da covid-19.
O decreto, assinado pelo governador Ibaneis Rocha impõe regras mais específicas para aplicar a legislação, sancionada pelo chefe do Executivo local em novembro.
A determinação, que já está em vigor, cria o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, como meio de auxílio a vítimas de violência de gênero.
Agora, além de farmácias, mulheres também podem notificar esse tipo de caso em órgãos públicos, portarias de condomínio, hotéis e supermercados, de forma discreta, com um “X” na mão.
Outra maneira de denunciar é pronunciar o código “sinal vermelho”. Os funcionários devem manter sigilo e acolher a vítima, levando-a a um local seguro no estabelecimento.
De lá, precisam acionar imediatamente a Polícia Militar (número 190) ou a Central de Atendimento à Mulher (número 180).
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