Cerca de 11 mil policiais militares e os seus 72 mil dependentes não conseguem atendimento médico por meio do convenio da PMDF com a rede de saúde privada do DF. Os hospitais particulares deixaram de atender a família militar por causa do calote aplicado pelo governo Rollemberg que não repassar o dinheiro pelos serviços prestados
O convenio de saúde da PM do DF tem apenas um hospital contratado. Os dependentes da família militar não conseguem atendimento médico. Não há consulta para ginecologista ortopedistas ou pediatras. Tem paciente que aguardou por um ano para fazer uma simples cirurgia de fimose e só fez por ter recorrido à justiça pela Defensoria Pública.
Até quem pagou religiosamente o Fundo de Saúde da PM, por 30 anos, hoje quando mais precisa não tem o atendimento médico. Muitos policiais militares optaram pela contratação de um plano de saúde.
Até o ano passado havia cinco hospitais conveniados mas deixaram de atender por causa da falta de pagamento. Apenas o Maria Auxiliadora, no Gama, ainda está atendendo de forma precária os 12 mil PM’s e seus dependentes.
A prática abusiva inaugurada durante o governo Agnelo Queiroz, segue no governo Rollemberg sem que o os órgãos de controle e de fiscalização tomem iniciativas para pôr fim na farra do desvio de recurso do Fundo de Saúde da PMDF.
O Radar apurou que ao final de cada mês é descontado um percentual de 2% do soldo, bem como das indenizações cobradas pelo uso dos serviços de saúde pelos dependentes, no percentual de 15%, 30% e 50% de acordo com o grupo de dependentes. Essas contribuições e indenizações integram os recursos do Fundo de Saúde, bem como os recursos repassados pela União por meio do Fundo Constitucional.
Edleusa Paiva, uma das líderes do grupo Esposas de PMs disse que a situação é crítica diante de muitas reclamações de policiais militares e de seus dependestes já que a PMDF mantém convenio apenas com um hospital, no caso a Maria Auxiliadora.
O caso do desvio dos recursos da saúde da PM foi debatido em junho passado em uma audiência pública, realizada na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. No entanto, o problema continua.