A jornalista e radialista Evelyne Ogawa, de 38 anos, deixa um filho de sete anos. A família e amigos seguem inconformados já que Vinícius Fernando da Silva Camargo, de 31 anos possuem um histórico de violência contra mulheres.
Após ter assassinado a esposa, por enforcamento, ele se dirigiu no dia seguinte, acompanhado por um advogado, à 24ªDP de Samambaia, cidade satélite do DF.
Lá ele confessou, com os mínimos detalhes, o horrendo crime de feminicídio. O fato ocorreu na noite da última sexta-feira (26).
Após o depoimento, o assassino confesso foi liberado.
O crime que ocorreu dentro do apartamento do casal, localizado em Samambaia, chocou a cidade.
Conforme confessado na polícia, Vinícius Camargo matou a mulher por enforcamento após uma sequência de agressões físicas.
Evelyne Ogawa será enterrada no cemitério Campo da Esperança, nesta manhã de segunda-feira(29).
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Após o assassinato, Vinícius trancou o apartamento, ligou para a família da ex-mulher Eslândia Rodrigues, com quem tem duas filhas, pedindo para ver as meninas e falou do que havia ocorrido.
O pedido de pronto foi negado, conforme apurou o RadaDF.
Depois disso o assassino foi a Planaltina onde dormiu.
No dia seguinte procurou um advogado, recebeu orientação jurídica e se apresentou na delegacia de Samambaia. Estava certo da impunidade favorecida pela própria lei.
Segundo a interpretação da Polícia Civil, “como o autor foi quem levou a comunicação do fato à Polícia, e acompanhado de seu advogado, conforme prevê a legislação, ele foi liberado.
De acordo com os parágrafos 312 e 313 do Código Penal ele não poderia ficar preso a não ser que a autoridade policial pedisse a prisão preventiva a um juiz.
Justificativa para mantê-lo preso havia de sobra na folha corrida do criminoso, caso assim a autoridade policial desejasse.
Em maio de 2017 a estudante Eslândia Rodrigues, entrou para a triste e revoltante estatística de uma mulher agredida a cada sete minutos no país.
Ela foi vítima do então companheiro Vinícius Camargo com quem tem duas filhas.
Eslândia foi espancada brutalmente em casa, em Planaltina e teve que ser hospitalizada por causa dos muitos hematomas pelo rosto.
Na época, o caso foi registrado na 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) e Vinícius foi enquadrado na Lei Maria da Penha que prever de três meses a três anos de cadeia, cujo processo está parado, como tantos outros, nas barras do judiciário.
Familiares e amigos da jornalista assassinada na sexta-feira, estão certos que PCDF pisou na bola diante de um fato grave e de grande repercussão e comoção popular.
Os familiares esperam que nesta segunda-feira (29), o Ministério Publico do Distrito federal e Territorios se sensibilize e peça a prisão preventiva do acusado.
Evelyne Ogawa trabalhava na rádio há sete anos onde apresentada o progarma “Frequencia Federal”.
Pelas redes sociais a direção da emissora publicou uma nota de pesar.
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