O biólogo Luis Felipe Manvailer acusado de matar a então esposa Tatiane Spitzner no dia 22 de julho de 2018, em Guarapuava, na região central do Paraná, está sendo julgado pelo Tribunal do Júri Popular.
O julgamento está sendo transmitido pelo canal do Youtube do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) após o encerramento da instrução probatória, em razão da necessidade de se preservar a incomunicabilidade das testemunhas.
O júri popular já foi adiado três vezes.
A primeira ocasião foi marcada por incompatibilidade de datas, já que os advogados de Manvailer tinham audiências de outros casos.
O segundo adiamento aconteceu porque um dos advogados da defesa foi infectado com Covid-19. Já na terceira e última vez, no último dia 10 de fevereiro, os advogados de defesa abandonaram o tribunal.
A defesa de Manvailer quis apresentar vídeos da portaria do prédio onde o casal morava, materiais que não estavam nos autos.
Veja o Video:
A situação gerou um desgaste no Fórum Desembargador Ernani Guarita Cartaxo e o juiz negou a inclusão dos registros nos autos.
O advogado Claudio Dalledone e sua equipe resolveram deixar o julgamento sob justificativa que tiveram o “trabalho cerceado”.
A atitude resultou em aplicação de multa de 100 salários mínimos, mas a 1ª Câmara Criminal do TJ-PR retirou a punição sob entendimento que o material deveria ter tido autorização para ser utilizado.
A expectativa é que o julgamento dure cerca de dois ou três dias.
O assassinato
A advogada Tatiane Spitzner foi encontrada morta após cair do 4° do apartamento do prédio onde morava com o marido, Luis Felipe Manvailer, no centro de Guarapuava.
Na época, a polícia foi chamada por vizinhos porque “uma mulher teria saltado ou sido jogada”.
Chegando no local, os agentes encontraram sangue do lado de fora do prédio. Imediatamente, subiram até o apartamento onde o casal morava e encontraram a advogada já sem vida. Porém, seu marido não estava na residência.
Manvailer foi preso horas depois na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, na região oeste do Paraná, depois de se envolver em um acidente. Na época, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que o homem estava desnorteado.