O estudante de medicina veterinária Gabriel Ribeiro, foi preso nesta manhã de quarta-feira (22), por suspeita de integrar um esquema criminoso de tráfico internacional de animais exóticos. Gabriel é amigo de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, que foi picado pela cobra Naja, uma das mais venenosas do mundo.
Desde o surgimento da história da cobra Naja, que deixou o estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, em coma por cinco dias, em um hospital de Brasília, que a polícia avança nas investigações sobre o tráfico de animais silvestres e exóticos no DF.
LEIA MAIS
Prostituta de luxo, que atuava com venda e distribuição de drogas no DF, é presa pela polícia
Dezoito serpentes, incluindo a Naja, foram apreendidas pela polícia durante a Operação Snakee que está na sua terceira fase ocorrida hoje com a prisão de Gabriel Ribeiro.
Ele é acusado de dificultar as investigações policiais e de ter ocultado as provas do crime, escondendo os animais em uma chácara de Planaltina. A polícia encontrou maconha na casa dele e foi conduzido para a 14ª DP (Gama).
A Naja ficou famosa nas redes sociais após ter feito um ensaio fotográfico no Zoológico de Brasília. (Veja)
A vingança da Naja
Além da picada que quase mata Pedro Henrique que foi salvo por uma dose do antidoto enviado às pressas a Brasília pelo Instituto Butantan de São Paulo, o aparecimento da cobra levou a polícia a instaurar um inquérito que gradualmente desmonta um esquema de tráfico internacional de animais exóticos.
O inquérito segue em caráter sigiloso na 14ª Delegacia de Polícia do Gama.
A mãe de Pedro, Rose Krambeck, e o padrasto dele, o tenente-coronel Eduardo Conde, estiveram na delegacia para prestarem depoimentos.
Um servidor do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama também estaria envolvido no esquema criminoso. Ele é acusado de facilitar o tráfico dos animais.
A história da Naja fez a polícia também descobrir três tubarões da espécie bambu, oriundo de países da Oceania. Os animais estavam em cativeiro em uma chácara na Colônia Agrícola Samambaia
Pedro Henrique foi autuado em R$ 61 mil por maus-tratos e por manter serpentes nativas e exóticas em cativeiro sem autorização. A mãe e o padrasto terão de pagar R$ 8,5 mil, cada um, por terem dificultado a ação de resgate.