Marlei de Barcelos Dias, de 57 anos, foi assassinada por volta das 3 horas da madrugada desta terça-feira (12), a tiros pelo ex-marido, em Sobradinho, no Distrito Federal. O assassino está foragido. O caso está sendo investigado pela 13ª Delegacia de Polícia como feminicídio.
Esse é o segundo caso de feminicídio registrado neste início do ano de 2021 no DF.
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Na madrugada desta terça-feira, os vizinhos da vítima foram acordados às 3 horas da madrugada com o barulho de tiros. Marlei de Barcelos Dias havia sido atingida no tórax e morreu sem chances de defesa dentro de casa.
O ex-marido, cujo nome não foi revelado pela polícia, foi visto por testemunhas saindo da casa e entrando em um carro branco rumo a Planaltina de Goiás.
Na última sexta-feira (08), a auxiliar de serviços gerais, Isabel Ferreira Alves (37 anos), foi morta a facadas também dentro de casa.
Passava das 21 horas quando a casa de Isabel na QNN 3, conjunto D, de Ceilândia, foi invadida pelo assassino e ex-companheiro de identidade não revelada pela Delegacia Especial de Atendimento a Mulher II (Deam II) que investiga o caso.
Tanto Isabel quanto Marlei não escaparam da violência doméstica seguida de morte, apesar da criação de rígidos protocolos pelo Governo do Distrito Federal direcionado a proteção de mulheres, vítimas de violência de gênero.
Isabel Ferreira Alves, foi a primeira mulher a sangrar, até a morte, 24 horas após decreto de regulamentação da Lei nº 6.713 — que amplia o rol de locais de pedido de ajuda contra a violência doméstica e familiar, publicado no Diário Oficial do DF na quinta-feira (7).
O decreto, assinado pelo governador Ibaneis Rocha, impõe regras mais específicas para aplicar a legislação. O governador tem dito que o feminicídio não é um crime que ocorre da noite para o dia. “Ele vem amadurecendo e acontecendo até acabar neste resultado trágico, que é a morte”.
A determinação de Ibaneis, que já está em vigor, cria o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, como meio de auxílio a vítimas de violência de gênero.
A deputada federal Flávia Arruda (PL/DF), afirma que a violência doméstica é uma epidemia silenciosa que assola os lares brasileiros e tem que ser combatida por todos.
“Nós sabemos que esse ainda é um dos maiores problemas intercalados à violência doméstica: as mulheres que não têm autonomia financeira, não têm independência e, às vezes, nem mesmo a autoestima de saber que pode recomeçar, que pode sair disso. Acredito, pessoalmente, que todos os dias que a gente liga a televisão e vê mais uma mulher morta é uma sensação de se pensar: até quando? Até quando vão ficar nos matando? A gente tem de enfrentar isso e cada vez com mais força, afinco e indignação. Não podemos perder a capacidade de se indignar cada vez que uma mulher é morta. A gente tem de, além de tudo, ser mais rigorosos na aplicabilidade de leis, e falar sobre isso”, afirma a deputada.
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