|Por Toni Duarte||RADAR-DF
Se depender da vontade da população de Brasília e da maioria dos 24 deputados distritais, a bombeira heroína Marizelle, morta eletrocutada durante um combate a incêndio em Taguatinga, dará nome a praça da Asa Sul, mesmo espaço que deputados de esquerda querem imortalizar a vereadora Marielle Franco do Rio de Janeiro morta em março de 2018.
Parte da população de Brasília começa a reagir por meio de um abaixo-assinado, organizado pelo blogueiro Ivan Rodrigues, do blog Saúde e Direitos Sociais, para que a praça no Setor Comercial Sul de Brasília seja batizada com o nome da soldado bombeira e heroína Marizelle Armelinda Dias, e não em nome da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL).
O abaixo-assinado online, que pode ser acessado AQUI, seria um contraponto ao deputado distrital Fábio Félix (PSOL), autor da proposta da criação da Praça Marielle Franco, aprovada pela Câmara Legislativa em novembro do ano passado e vetada pelo governador Ibaneis Rocha.
Na justificativa, Ibaneis apontou que Marielle, vereadora executada a tiros no Rio de Janeiro em 2018, não prestou serviços à população do Distrito Federal e nem possuía vínculos com a cidade para ter o seu nome em um logradouro público.
A ideia de trocar o nome de Marielle Franco por Marizelli Almerinda, mulher mãe, negra, guerreira que morreu em setembro do ano passado, durante um combate a incêndio em Taguatinga, está sendo incorporada pela população e por vários deputados distritais que concordam em homenagear a militar do Corpos de Bombeiros do DF.
“O anjo laranja prestou relevantes serviços em defesa a vida ao povo do DF e merece ser imortalizada “, disse o distrital João Hermeto que é subtenente da reserva da PMDF.
O parlamentar aplaudiu a ideia do blogueiro Ivan Rodrigues e disse que apresentará um projeto de lei no primeiro dia da abertura dos trabalhos da Câmara Legislativa para a criação da Praça Marizelle no Setor Comercial Sul, mesmo logradouro escolhido pelo deputado Fábio Félix (Psol) para homenagear Marielle Franco.
Hermeto disse ainda que o veto do governador Ibaneis foi correto e que tem plena certeza que ele irá concordar em homenagear a soldado bombeira cujo falecimento comoveu o DF.
Afirmou também que a proposta será aprovada pela maioria dos distritais por entender que, para a história de Brasília, Marizelle foi mais importante do que Marielle.
Sobre o veto do governador no projeto de autoria do deputado Fábio Félix, a deputada Júlia Lucy (Novo) consultada pelo Radar-DF deu a seguinte opinião:
“A Câmara aprovou o projeto em votação simbólica durante os trabalhos concentrados antes do final do ano. O veto do governador é legítimo, pois é dele a prerrogativa constitucional de sancionar ou vetar as leis aprovadas pelo Legislativo, além de ir ao encontro da opinião pública, que não viu com bons olhos a homenagem à uma pessoa que não tinha vínculo nenhum com a cidade”. destacou a deputada.
Você precisa fazer login para comentar.