Anjuli Tostes, 32 anos, brasiliense e moradora de São Sebastião, uma das cidades mais pobres do DF, anunciou durante entrevista coletiva concedida a blogueiros da ABBP, que é pré-candidata a governadora, caso tenha o seu nome aprovado pelo seu partido, o PSol.
Por Toni Duarte
A auditora da Controladoria Geral da União, Anjuli Tostes, pela primeira vez na vida, se filiou a um partido político para ser candidata, embora nunca antes tenha participado de uma campanha eleitoral, apesar de transitar com desenvoltura, há mais de 10 anos, pelos movimentos sociais do DF.
A ex-estudante de colégio militar, está na lista dos seis nomes que irão disputar a prévia do Psol marcada para ocorrer até o final do ano.
“Essa é a primeira vez que me colocarei como pré-candidata e tenho orgulho de ser uma militante do Psol. Apesar de toda essa roubalheira do dinheiro público que se abateu no Brasil, envolvendo os partidos políticos, no entanto o Psol é um dos poucos partidos que continua integro e com posturas firmes contra a corrupção”, disse ela.
Apesar de ainda não está definido de como se dará o processo da escolha prévia dos candidatos do partido, no entanto “Anjuli do Psol”, como se tornou conhecida, numa referência ao presidente do partido “Toninho do Psol”, defende um processo de escolha que seja aberto para a sociedade poder também participar e escolher o melhor nome da legenda para concorrer ao Buriti
“Penso que isso é muito importante. Esse modelo onde a coisa é discutida de forma fechada dentro do âmbito do partido, no meu entender já se encontra ultrapassado. Temos que abrir o partido para uma discussão ampla com os inúmeros setores da sociedade. Isso seria inédito no Brasil”, afirma.
Quanto ao programa de governo, Anjuli adiantou que o Psol talvez seja o único partido no DF que se democratizou ao criar uma plataforma “O DF É NOSSO” onde são discutidos temas de interesse da sociedade que podem compor um programa de governo.
“É a sociedade que tem que dizer que tipo de governo que ela deseja e não o partido. O que se ver por aí são alguns se lançando candidatos ao Buriti, fazendo de seus programas uma caixa de segredos, e outros que nem programa tem, como foi em 2014 o caso de Rollemberg que nem imaginaria ser o governador do DF. Daí a sua administração desastrosa”, apontou.
Anjuli sustentou ainda que existe hoje, em Brasília uma muralha, que não foi colocada pelo povo, que divide a sociedade. Segundo ela, no topo da pirâmide está uma fatia de 0,1% da população que entra governo e sai governo e essa fatia continua mamando nas tetas dos cofres públicos.
Ela apontou os estudos de Thomas Piketty, economista francês, para dizer que a desigualdade social do Brasil aumentou e que o empobrecimento do DF não é diferente do que ocorre no resto do país.
“Temos um problema muito grave de desigualdade social e nenhum governador se esforçou para conter a situação, mesmo os chamados governos travestidos de socialistas como se alto define o governo Rollemberg”.
Para ela, o aumento da desigualdade no Distrito Federal está no fato de nenhum governante ter a coragem de barrar a fome daqueles que compram partidos políticos com o objetivo de se abanquetar do dinheiro público que serviria para a Educação e para a Saúde da população.
A militante do Psol apontou um grande descontentamento por parte da sociedade, com tudo que está acontecendo na política, por causa da maioria dos partidos envolvidos na roubalheira do dinheiro da população.
“A sociedade brasiliense não se sente representada pelo lixo político que aí está. A sociedade exige renovação não só de nomes, mas da forma de fazer política e de objetivo. A minha geração tem um grande descontentamento com a institucionalidade. Eu compartilho dessa rejeição”, acentuou.
Ela criticou a forma de como foi aprovada a reforma trabalhista.
“Foi apenas 50 caras do Senado que decidiram à revelia da sociedade que já tinha demonstrado que não aceitava. Eles aprovaram isso de costas para o povo.
Por fim, a ativista militante Anjuli Tostes afirmou que a população de todas as classes e de todos os credos do Distrito federal terá a opção de reagir com o Psol em 2018.
“Não faremos alianças com partidos corruptos ou com os vagabundos da política. A nossa aliança é com o povo”, disse ela ao Radar.
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