A guerra entre a viúva de Gugu Liberato e a família do apresentador parece estar longe de acabar. Rose Miriam di Matteo, que teve que entrar na justiça para provar que foi companheira dele e reclamar seu direito à herança, já que o apresentador não deixou nada para a ex-companheira em seu testamento.
Em matéria publicada pela ‘Veja’, Rose esclareceu os motivos que a levaram entrar com uma ação judicial para comprovar a união estável que tinha com Gugu Liberato.
Segundo ela, quando o apresentador fez o testamento, em 2011, eles estavam passando por um momento crítico na relação e por isso o nome dela não aparece.
“Gugu fez esse documento em 2011, quando tivemos um problema comum a todo casal. Tive depressão e TOC naquele ano, fiquei internada. Se assinei algum papel no hospital, não dispunha de condições físicas. Agora, depois disso, eu e Gugu voltamos a ficar bem”, contou ela.
O apresentador, que faleceu após um acidente doméstico em sua casa nos Estado Unidos, no dia 22 de novembro de 2019, deixou sua fortuna, avaliada em R$ 1 bilhão para os filhos e sobrinhos, e nomeou sua irmã, Aparecida Liberato, como curadora do espólio e responsável pelas filhas menores de idade.
Rose disse vem sido tratada muito mal desde a morte do companheiro pela família dele. Ela afirma que sempre foi referida como mulher do apresentador e que, por isso, não entende o motivo disso ter mudado após a trágica morte dele.
“Basta procurar em revistas, na TV, em tudo: ele sempre nos tratou como ‘a minha família’. Em setembro de 2019, estivemos juntos no aniversário da mãe dele, em Portugal. Ali, aos parentes, eu era apresentada como nora e esposa. O que mudou de lá para cá?”, questiona.
Ela disse que os próprios irmãos de Gugu poderiam lhe apoiar, já que sempre a reconheceram como companheira do irmão, mas que não fazem por terem interesses próprios.
“Aliás, os irmãos do Gugu poderiam ser minhas testemunhas se não tivessem interesses próprios. Éramos uma família, apenas não morávamos debaixo do mesmo teto. O conceito de união estável não define que é preciso morar juntos. A família dele não me quer como meeira. Mas tenho esse direito, não vou viver de migalhas. Vou tirar meu sustento do que me pertence”, declarou Rose.
O testamento do apresentador foi lido em 29 novembro, uma hora e meia após o sepultado. Esse ritual burocrático, normalmente costuma ocorrer após a missa de sétimo dia. Durante a leitura do documento foi instituído que a distribuição da herança ficaria da seguinte forma: 75% para os filhos (João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas Sofia e Marina de 16) e 25% para os cinco sobrinhos.
No testamento também tinha uma cláusula que assegurava um pagamento vitalício de R$ 163 mil para mãe do apresentador, dona Maria do Céu, de 90 anos, porém, para a companheira de mais de 20 anos e mãe dos três filhos, não tinha nada.
No documento ainda vinha decretado de que a irmã do apresentador, Aparecida Liberato, seria a responsável pelo espólio e curadora das filhas, menores de idade. Então, de acordo com a vontade de Gugu expressa em testamento, Rose, não teria autonomia sequer para cuidar das próprias filhas.
Rose assinou o documento sem questionar. Afinal, o companheiro de 20 anos e pais de seus filhos, tinha acabado de ser sepultado.
Mas logo depois entrou em conta com seu advogado, Nelson Wilians, para dar entrada em ação de reconhecimento de união estável.
Com isso, ela tentará anular o testamento deixado por Gugu, para poder ficar com a parte que lhe cabe como viúva do apresentador. “Não posso aceitar um acordo em que não tenho dinheiro nem para fazer mercado”, disse Rose Miriam.