O governador Ibaneis Rocha, que se encontra nesta sexta-feira em São Paulo reagiu duro contra a transferência do líder do PCC Marcos Camacho o “Marcola” e mais três comparsas para o presidio federal de segurança máxima ao lado da Papuda. Em contato com o ministro da Justiça Sérgio Moro e com a corregedora, desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Ibaneis tenta reverter a situação
Por Toni Duarte//RADAR-DF
“Marcola, aqui não! ”, reclamou pelo telefone o governador Ibaneis Rocha ao ministro da Justiça Sergio Moro após a chegada de quatro líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles foram transferidos, hoje (22), da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, para a Penitenciária Federal de Brasília, perto do Presídio da Papuda.
Além de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, integram o grupo Cláudio Barbará da Silva, Patrik Wellinton Salomão, e Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal. Só santinho!
O chefe da maior facção criminosa do país, o PCC, havia sido transferido de São Paulo para Rondônia, no mês passado, após a descoberta de um plano de fuga de presídios paulistas envolvendo Marcola e o grupo criminoso.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, está revoltado com a decisão da Justiça Federal de transferir os criminosos para o presídio de segurança máxima, recém-inaugurado dentro da área do Complexo Penitenciário da Papuda.
O Chefe do Executivo Local condenou a construção de um presidio para abrigar bandidos perigosos em uma região urbana que fica a poucos quilômetros dos três poderes da República.
“Isso é um absurdo. Um erro”, disse o governador lembrando que a presença dos líderes do PCC, presos em Brasília, atrairá a presença de criminosos de sua facção para aterrorizar o DF.
Ele disse que quer discutir o assunto, pessoalmente, com Sergio Moro e com a corregedora desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O objetivo é tentar reverter a decisão.
Afirmou que um simples anúncio da chegada de Marcola, a Polícia Civil do DF tem efeituado prisões de criminosos ligados ao PCC como ocorreu com um grupo de oito bandidos no início da semana.
O governador teme que bandidos de outras regiões, ligados a facção de Marcola se mudem para o DF e cidades do Entorno para emitir um “salve geral”, como são chamadas as ordens de ataques contra prédios públicos e agentes de segurança, com a intenção de gerar terror e demonstrar insatisfação.
“Os brasilienses e as instituições do Distrito Federal precisam se posicionarem contra a permanência de Marcola em um presidio de Brasília”, disse Ibaneis.