O ASSUNTO É

SE JOE VALLE FOSSE TOLO NÃO SERIA PRESIDENTE DE UM PODER

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Nesta quinta-feira (08/03), o distrital Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa,  será anunciado por Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, como pré-candidato a governador do DF. No mesmo ato político haverá também o lançamento oficial da pré-candidatura a Presidência da República do  ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes. No entanto, no caso de Joe Valle, quem vai definir qual é o seu verdadeiro  rumo será a circunstância dos fatos

Por Toni Duarte

Quando se colocou como candidato a presidência da Câmara Legislativa, em dezembro de 2016, o deputado Joe Valle entrava em um jogo quase impossível de vencer,  já que o seu principal oponente era o próprio governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que com a caneta na mão e muitos cargos para distribuir  investiu pesadamente  em Agaciel Maia (PR), para o comando do legislativo local.

Ao final da batalha, Joe Valle venceu a corrida sem dever nada a ninguém,  a não ser a um projeto político vitorioso que ele mesmo construiu com a ajuda dos demais pares.

No primeiro ano no comando da Casa, o pedetista também construiu caminhos para tornar o legislativo mais barato e livrar a Câmara da  pencha histórica de ser um “puxadinho” do Executivo.

Mesmo contra a vontade de muitos distritais, Joe Valle adotou medidas populares como o de iniciativa do Observatório Social de Brasília (OSBrasília) e do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), associações sem fins lucrativos que promovem a transparência e o controle social dos gastos públicos no DF.

Alinhado ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), propulsor  da “Lei da Ficha Limpa”, o presidente da CLDF, iniciou uma política de redução de gastos, tornando as informações mais transparentes para a população e agora busca  forças para acabar de vez com a verba indenizatória.

Como se vê, o deputado Joe Valle sabe construir caminhos políticos e sabe se livrar de  espinhos e armadilhas como o que pode  encontrar a partir desta  quinta-feira quando terá o seu nome anunciado como pré-candidato a governador só para que o seu partido, o PDT, possa fazer  palanque para o presidenciável Ciro Gomes.

“Faz parte do jogo”, costuma dizer, o jovem presidente da CLDF, que muito antes de se tornar chefe do poder legislativo local tinha em mente o projeto de se  lançar candidato a deputado federal em 2018, sem abandonar, é claro,  a ideia de  que poderia fazer parte de uma chapa majoritária capaz de vencer as eleições e tirar Brasilia do caos.

Nestes três últimos anos, o PDT-DF perdeu quadros importantes como o senador José Antônio Machado Reguffe, Senador Cristovam Buarque e a deputada Celina Leão, ex-presidente da Câmara Legislativa.

Eleito pelo PSB, em 2010, Valle deixou a legenda e foi para o PDT, partido que  até outubro do  ano passado  deixou a base do governo de Rodrigo Rollemberg  para vestir a camisa de uma posição independente e sem amarras.

Em um balanço da gestão à frente da CLDF, feito no final de 2017, Valle qualificou o governo socialista  como “desorganizado”,  “ausente” e “incompetente”.

Apesar de ser o único nome do PDT, para disputar a eleição majoritária desse ano, como pré-candidato a governador, Joe Valle tem dito que “na política tem  fila” e que na frente dele há outros possíveis candidatos, a exemplo de Jofran  Frejat (PR),  que lidera todas as pesquisas de intenções de votos realizadas até o presente momento.

O anúncio da pré-candidatura de Joe Valle, que ocorre nesta quinta-feira,  é apenas a movimentação de uma pedra no tabuleiro do jogo político.

Até o dia sete de abril, prazo dado pela Justiça Eleitoral para o fechamento da  janela partidária,  o panorama político de Brasília mudará como nuvens.

Joe Valle sabe o que faz.

Que todos tenham a absoluta  certeza que o articulado presidente da Câmara Legislativa  jamais seguirá  como  gado para ser abatido no matadouro.

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