Por falta de manutenção dos equipamentos de radio terapia dos hospitais do Distrito Federal cerca de 800 pessoas estão sendo despachadas sem o tratamento adequado para combater o câncer. Segundo os especialistas, dezenas desses pacientes se não forem tratados imediatamente, podem morrer. No caso de um tumor radical, que deva ser tratado pela rádio, um mês de espera faz bastante diferença. O último levantamento de óbitos no DF decorrentes de câncer, aponta 2.301 mortes.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa para 2017 é de 8.550 novos casos de câncer no Distrito Federal, sendo 3.940 em homens e de 4.610, em mulheres. O câncer de mama é o mais comum (1.020 casos), seguido pelo de próstata (840), cólon e reto (570). Sem recursos para o tratamento na rede privada, pacientes recorreram à Justiça, mas nem as decisões favoráveis são suficientes.
Um médico oncologista do Hospital de Base disse que há casos de câncer em que o paciente não pode esperar para o início do tratamento de radioterapia. De acordo com o médico, pessoas com cânceres menos invasivos podem aguardar até três meses para começar uma radioterapia, mas que ficam mais agressivos com interrupções no tratamento.
O Hospital de Base administrado pelo governo Rollemberg ainda usa bomba de cobalto que em lugar nenhum do mundo é utilizada mais. A Secretaria de Saúde informa que está fazendo licitação para fazer o conserto da maquina. Enquanto isso os pacientes terão que recorrer ao caro tratamento na rede privada ou permanecerem em casa esperando a morte chegar.