O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Distrito Federal não quer que pacientes graves sejam levados pelo Samu para a UPA de Ceilândia, sob risco de “interdição ética”. A entidade encaminhou na quinta-feira (6) um documento à Secretaria de Saúde recomendando que esses pacientes sejam levados para um hospital da região.
No documento, o CRM recomenda que também sejam tomadas medidas para melhorar a gestão do local, com reposição do que está faltando e “resolução dos conflitos entre a gestão e a equipe assistencial”.
Caso a secretaria não cumpra os pedidos, os médicos daquela unidade ficam impedidos de realizar qualquer procedimento no local. Enfermeiros, técnicos e terceirizados não são atingidos, porque estão sob regulação de outros conselhos profissionais.
O conselho diz que os problemas foram identificados em maio, mas que nada foi resolvido desde então. “Até o presente momento, não foram verificadas ações concretas de reestruturação da unidade”, informou o CRM.
Atendimento
Pela manhã desta sexta, só havia um médico no local, para atender apenas casos mais graves. Na escala, no entanto, a previsão é de que houvesse dois. Pacientes relataram que foram informados que só havia um médico. Apesar da recomendação do CRM, o Samu continuou levando quem precisava de atendimento para a UPA.