O paciente JV, 60 anos, trava uma dura batalha pela vida em um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de um dos hospitais de Brasília. O aposentado segue intubado em estado grave de saúde.
Conforme o boletim médico ele estar com cerca de 70% do pulmão comprometido, devido à Covid-19, e tem risco de morte.
Uma avaliação médica aponta que o paciente pode se recuperar, mas deixará a UTI com graves sequelas provocadas pela lesão pulmonar o que pode diminuir a capacidade respiratória.
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Também pode ficar com os rins competidos, necessitando de tratamento de purificação sanguínea denominado hemodiálise.
A história da batalha pela vida de JV, é a mesma historia dos 80% dos pacientes com covid, que ocupam os 100% dos leitos de UTIs dos Hospitais do Distrito Federal.
Esse grupo, segundo a Secretaria de Saúde, é formado pelos que se recusaram a tomar vacina e por aqueles que ficaram apenas na primeira dose, apesar das exaustivas campanhas de vacinação que vem sendo realizadas pelo governo do DF.
Vale lembrar que os custos onerosos com o tratamento dos não vacinados são bancados pelos impostos dos que se vacinaram contra a covid.
Os dois primeiros dias da semana, segundo o boletim da Secretaria de Saúde, o DF bateu recorde de internações.
Foram registrados 10.697 diagnósticos positivos e mais 4 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas.
Hospitais cheios de pacientes internados com Covid, e com filas de espera, por leitos, não é uma exclusividade do Distrito Federal.
Além do DF, o Observatório Covid-19, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), monitora alta taxas de ocupação dos leitos de UTI, destinados a pacientes diagnosticados com a doença, em mais 11 Estados.
Em toda ação, que envolva a sociedade, é comum que tenha repercussão política.
Mas, neste oito meses, que falta para as eleições desse ano, grupos políticos oportunistas usam o aumento de internações hospitalares e mortes por covid como culpa exclusiva do Estado.
É mesquinho se falar que o avanço da pandemia, nesta chamada terceira onda, provocada pela ômicron, somado à epidemia de influenza pela H3N2, aqui no DF, seja culpa do governador Ibaneis Rocha.
O combate a Covid é uma batalha de todos.
Exigir, que alguém se vacine, é um direito coletivo em proteção à saúde pública. Qualquer discurso contrário, é imoral e oportunista.
*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui