O Rotary Club de Brasília, a Associação Brasileira de Autismo, Comportamento e Intervenção (ABRACI) e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal se uniram para lidar com o crescente desafio do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na capital federal.
O assunto foi discutido nesta quinta-feira(28) entre os representantes das duas entidades e a secretária da SES-DF, Lucilene Florêncio.
A parceria entre o Rotary Club de Brasília e a ABRACI, com o apoio da Secretaria de Saúde, tem como objetivo ampliar o atendimento às crianças e adolescentes com TEA, especialmente aquelas provenientes de famílias em situação de vulnerabilidade social.
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A colaboração tem como objetivo minimizar a espera por tratamento, promover a inclusão, a qualidade de vida e o apoio às famílias.
Lucinete Ferreira, presidente da ABRACI, pontuou que o diagnóstico precoce é importante, mas a capacidade de atendimento não é suficiente para atender todos os pedidos, o que prejudica principalmente famílias pobres.
No Distrito Federal (DF), estima-se que aproximadamente 30 mil pessoas tenham o Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com os dados levantados pela Secretaria de Saúde.
A SES-DF informou que existem quatro Centros Especializados em Reabilitação (CERs) no Distrito Federal que oferecem assistência às pessoas com TEA.
No entanto, a grande demanda sobrecarrega o sistema público, causando filas de espera que podem durar meses ou anos.
Essa situação levou a ABRACI, que se concentra em metodologias baseadas na ABA (Análise do Comportamento Aplicada), a se tornar uma peça-chave na rede de apoio.
O Rotary Club de Brasília, com sua longa história de ações comunitárias desde 1958 na capital federal, encontrou na ABRACI uma parceira certificada aos seus valores.
A colaboração do RC Brasilia tem como objetivo melhorar os serviços prestados pela ABRACI, ampliando sua capacidade de atendimento por meio de ações em diversas frentes:
O Rotary vai liderar campanhas para comprar equipamentos, material didático e melhorar as instalações da ABRACI no Cruzeiro Velho.
Para maximizar o impacto dessa iniciativa, o Rotary e a ABRACI estão buscando diálogo com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), além de tentar captar recursos provenientes de emendas parlamentares.
As propostas são:
Integrar os projetos da ABRACI à linha de cuidado distrital para pessoas com TEA.
Solicitar a colaboração das secretarias para complementar o financiamento de ações, especialmente em infraestrutura e recursos humanos.
Garantir que os recursos do governo federal destinados ao TEA sejam repassados para as ações da ABRACI.
De acordo com Toni Duarte, presidente do Rotary Club de Brasília, a organização global sempre foi movida pelo compromisso de servir à humanidade.
A parceria estabelecida com a ABRACI representa o melhor do que podemos oferecer: a união de esforços para transformar vidas. Acreditamos que toda criança com Transtorno do Espectro Autista deve ter acesso ao atendimento adequado para atingir seu pleno potencial”, disse.
Além disso, Duarte afirmou: Juntamente com a ABRACI e os órgãos governamentais, queremos assegurar que nenhuma criança com transtorno autista seja deixada de lado.
A presidente da Associação Brasileira deCICI, Lucinete, disse:
“Agradecemos imensamente ao Rotary Club de Brasília por apoiar a nossa causa e trazer tanta força para ampliar o atendimento às crianças autistas. Essa parceria nos dá a esperança de atingir mais famílias e mudar vidas. Agradecemos, ainda, o apoio da Secretaria de Saúde, que demonstrou sensibilidade e compromisso ao apoiar nossas iniciativas”.
A secretária de saúde Lucilene Florêncio disse que o governo do Distrito Federal está comprometido em unir forças com organizações da sociedade civil, como a ABRACI e o Rotary Club de Brasília, para oferecer um atendimento cada vez mais eficiente e humanizado às crianças autistas.
“Reconhecemos a relevância dessas parcerias para ampliar o alcance dos serviços especializados e minimizar os efeitos do TEA na vida das famílias. Estaremos empenhados em reforçar esta rede de apoio e assegurar que todas as crianças tenham acesso ao cuidado de que necessitam”, disse.