Enquanto o Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal briga internamente feito barata tonta para indicar um nome que possa liderar a disputa eleitoral em 2026, o ministro do STF, Flávio Dino (PSB), se une a Geraldo Alckmin (PSB), para impor o nome do ex-secretário de comunicação do Maranhão, Ricardo Cappelli (PSB), como candidato a governador do Distrito Federal.
O ministro do Supremo Tribunal Federal já foi governador do Maranhão por dois mandatos seguidos.
O “Plano Buriti” é uma ação que envolve o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que disputaria a vaga de senador.
Desde que resolveu trocar o cargo de senador pela toga do STF, em fevereiro desse ano, Flávio Dino também começou a perder a forte influência política que tinha no Maranhão, Estado que governou por oito anos.
O descarte de Dino começou com a perda de espaço político e no governo do ex-vice e atual governador Carlos Brandão.
O ministro togado, que ainda exerce ativismo político, tem se concentrado no Distrito Federal desde a sua passagem como ministro da Justiça no governo Lula.
A porta de entrada foi o 8 de janeiro. O então “número 2” do MJ, Ricardo Cappelli, foi nomeado interventor das forças de segurança pública do Distrito Federal.
Na época, Flávio Dino defendeu a criação de uma guarda nacional sob sua liderança e financiada, é claro, com recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Os recursos do FCDF repassados pela União são destinados à segurança pública, à saúde e à educação da capital federal, bem como ao pagamento dos salários das categorias correspondentes.
Dino e Cappelli tinham como objetivo punir o governo do DF pelos atos de 8 de janeiro.
Como o plano de criação da guarda não deu certo, a segunda opção foi incluir o Fundo no arcabouço fiscal, o que diminuiria consideravelmente o repasse constitucional ao GDF.
A bancada do DF foi para guerra e mais uma vez salvou o FCDF.
Agora, uma nova ameaça surge com o dinheiro do fundo na proposta de redução de despesas apresentada pelo ministro Fernando Haddad na semana passada.
Enquanto a maioria da classe política do DF rejeita a inclusão por prejudicar a população e os milhares de profissionais da segurança, da saúde e da educação, Ricardo Cappelli chegou a apoiar o corte com manifestações nas redes sociais.
Ainda com todos esses atropelos cometidos por Flávio Dino, Ricardo Cappelli e Rollemberg, o PT do DF, que historicamente sempre esteve na disputa pelo Buriti, da última eleição até aqui continua como um vacilante.
O partido se tornou uma espécie de “maria vai com as outras”.
Foi assim quando o PT foi forçado a apoiar o intragável Leandro Grass (PV) em 2022, e pode ser assim que tenha que carregar, em 2026, três pesados (Dino, Cappelli e Rollemberg) que conspiram contra o povo.