Doze horas depois das explosões de bombas na Praça dos Três Poderes, os grupos ante-bombas da Polícia Civil do Distrito Federal e da Polícia Federal continuam a varredura na área considerada de segurança, onde estão o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
O corpo do homem-bomba Francisco Wanderley Luiz, o Tiü França, foi liberado pela perícia no início dessa manhã de quarta-feira (14).
Ele tentou entrar no STF, mas não obteve êxito. Ele teria ido para frente da estátua da Justiça, onde foi morto pelos explosivos que carregava.
O homem-bomba usava uma calça e um terno com estampas de cartas de baralho, com o fundo de cor verde-escuro. Ao lado do corpo, foi encontrado um chapéu branco.
Até o presente momento, é sabido que Wanderley, de 59 anos, é chaveiro. Ele concorreu à vaga de vereador em 2020 pelo PL em Santa Catarina e esteve no STF em agosto.
Wanderley divulgou diversas mensagens sobre o ataque que pretendia realizar em Brasília, incluindo declarações políticas e religiosas.
Segundo as primeiras investigações, o homem bomba estava morando sozinho em Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal, a 30 km da Praça dos Três Poderes. Na casa, a polícia encontrou explosivos armazenados por Francisco Wanderley.
Apesar de Francisco Wanderley Luiz ter anunciado nas redes sociais que atacaria com bombas os símbolos dos Três Poderes da República, não se tem informações se as autoridades de segurança cibernética tomaram conhecimento das ameaças planejadas.
A Lei n.° 13.260 (de 16 de março de 2016) define que: “o terrorismo é a prática por um ou mais indivíduos de atos que causam terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, paz pública ou incolumidade pública”.
Não há dados se a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) identificou tais ameaças, uma vez que o órgão do governo federal desenvolve ações de Inteligência permanentes para prevenir atentados no País, sobretudo contra os Três Poderes da República.
A ABIN comeu mosca como na vez passada? Mesmo porque ainda ecoam os atos violentos do “8 de janeiro”, quando os Poderes da República foram invadidos por manifestantes.
Francisco Wanderley Luiz, lobo solitário ou não, estava postando mensagens em seu perfil na rede social. Ele escreveu dizendo:
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