Às cinco pré-candidaturas ao governo do Distrito Federal, por partidos de oposição, começam a entrar em processo de desintegração, antes mesmo das convenções partidárias que só acontecem no mês de junho.
São candidaturas que não se sustentam diante de um cenário revelado por pesquisas qualitativas com forte indicativo de vitória de Ibaneis Rocha (MDB), logo no primeiro turno das eleições de outubro.
Os dados de todos esses levantamentos, feitos até a presente data, também são de conhecimento de cada partido e daqueles que já estão com os nomes postos, como candidatos ao GDF, mesmo que seus respectivos projetos sejam apenas para fazer firulas.
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As candidaturas ao governo do Distrito Federal, como as incentivadas por trás pelo ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), pelo ex-governador Cristovam Buarque(Cidadania) e até de forma muito discreta pelo ex-governador Agnelo Queiroz(PT), revelam desânimos dos que estão a frente.
O candidato virtual Rafael Parente, que já foi secretário de Educação de Ibaneis Rocha, e demitido por ser contra o projeto Escolas de Gestão Compartilhada (EGCs), criado em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e com o Ministério da Educação (MEC), aparece em algumas inserções do PSB para reclamar das centenas de obras realizadas pelo governo emedebista.
Ele insinua que, se for eleito a governador, essa não seria a sua prioridade como não foi a prioridade do ex-governador Rollemberg que deixou pontes e viadutos desabarem.
Rafael é um nome que o eleitorado desconhece e pouco aparece nas pesquisas.
Leila do Vôlei, uma das esperanças do ex-senador Cristovam Buarque, ingressou no PDT como candidata de si própria ao Buriti.
Foi a forma encontrada pelos pedetistas de fazer um palanque para Ciro Gomes à Presidência da República. Só isso.
Izalci Lucas do PSDB é outro que tem um projeto a governador para fazer palanque a João Dória, ou seja lá quem for o candidato ao Planalto, escolhido por uma federação ainda em curso.
Já o ex-governador petista Agnelo Queiroz, candidato a deputado federal, tende apoiar a candidatura do anão político, Leandro Grass (PV), e não o projeto de Geraldo Magela ou da professora Rosilene Corrêa, ambos do PT.
No entanto, o sonho de chegar lá é cada vez mais distante para cada um desse atores, por motivos óbvios.
O cenário ficou até mesmo muito difícil para o senador Reguffe(União), que não conseguiu montar alianças em torno do seu nome. Deve anunciar a sua candidatura à reeleição.
Todo esse desarranjos que se abateram sobre a oposição, está no fato de Ibaneis Rocha ter se articulado nos últimos dois anos, conquistando os apoios necessários e focando nas eleições de 2022.
Enquanto seus opositores discutiam o sexo dos anjos o emedebistas juntava as forças políticas em torno de si.
Ibaneis fez um governo plural e construiu alianças sólidas partidárias e individuais, com peso político nas 33 regiões administrativas do DF.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF