Só agora a Controladoria Geral da União (CGU) descobre que o governo Bolsonaro fez farra com o dinheiro público, pagando mais de R$ 7 bilhões em auxílio emergenciais durante o período eleitoral.
O órgão controlador deixa nas entre linhas que a grana liberada serviu para turbinar a campanha bolsonarista de 2022 pela reeleição do então presidente, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva. Se Bolsonaro tivesse vencido, estava tudo certo. A CGU continuaria de olhos fechados e oportunista.
O levantamento mostra que, de agosto até a realização do segundo turno das eleições, no final de outubro, foram pagos 84% dos auxílios criados em 2022, o que corresponde a R$ 7,7 bilhões de um total de R$ 11,75 bilhões pagos ao longo do ano.
Que a CGU sabia disso, sabia sim.
Mas no Brasil, culturalmente, órgãos de controles e de fiscalização só abrem o bico sobre rombos provocados por governos, quando o culpado já não estar mais no Poder.
O caso mais emblemático da atualidade são os gastos estratosférico de Lula com o cartão corporativo.
Em apenas oito meses de governo o petista já torrou em torno de R$ 8 milhões com pequenas compras como as feitas em restaurantes e com lanches.
Órgãos controladores e de fiscalização como CGU e TCU agem como surdo-mudos.
Só irão se pronunciar sobre a farra do dinheiro do povo feita pelo atual presidente, se ele não conseguir se reeleger, em 2026.
É assim que banda toca por aqui.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF , Instagram e Twitter