O ex-interventor das forças de segurança do DF, Ricardo Cappelli, que se declara candidato ao governo do Distrito Federal em 2026, apoia a redução do Fundo Constitucional do Distrito Federal, que ajuda a pagar os salários de policiais, professores e profissionais da saúde.
O candidato, que tem o apoio do ex-governador Rodrigo Rollemberg e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, ambos do PSB, acredita que a morte do FCDF pode facilitar a sua ascensão ao poder.
O fundo foi criado em 2002 para financiar as forças de segurança do Distrito Federal, bem como ajudar a manter a saúde e a educação na capital federal.
Não é de agora que as tentativas de acabar com o FCDF, um auxílio financeiro pago pelo governo federal para ajudar na manutenção da segurança pública, correm o risco de acabar.
É de responsabilidade da força de segurança local assegurar a segurança urbana das sedes dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Embaixadas representativas de mais de 137 países, além de residências oficiais, entre outros pontos de interesse estratégico da capital federal.
Desde o início do governo Lula, essas tentativas aumentaram consideravelmente após os eventos do “8 de janeiro”.
O então ministro da Justiça, Flávio Dino, desenvolveu estudos específicos para eliminar a responsabilidade das forças de segurança locais, que seriam substituídas por uma Guarda Nacional sob o comando do Ministério da Justiça.
Dino deixou o governo Lula para assumir o STF, mas repassou a tarefa para Ricardo Cappelli (PSB), que permaneceu no Ministério da Justiça.
A tática usada para acabar com o Fundo Constitucional era enfiá-lo na ciranda de cortes de despesas do arcabouço fiscal do ministro Fernando Haddad.
Na época, houve reação da bancada de deputados brasilienses que conseguiu excluir o FCDF da minuta do arcabouço fiscal.
Após um ano e três meses de tentativas, o FCDF, que é responsável pelo custeio das áreas de educação, saúde e segurança pública de uma região com mais de 4 milhões de habitantes, voltou a sofrer ameaças de morte.
O governo Lula quer punir o Distrito Federal devido ao envolvimento de um grupo de generais e outros oficiais das forças federais que teria elaborado um plano para executar autoridades e dar um golpe de Estado.
A questão que se coloca é: o que as forças de segurança do Distrito Federal, os professores e médicos que dependem do fundo para manter seus salários, têm a ver com isso?
Ricardo Cappelli, nas redes sociais, disse que será o candidato ao governo do DF nas próximas eleições.
O PSB lançou o candidato na semana passada. Ele conta com o suporte de Flávio Dino e do ex-governador Rodrigo Rollemberg.
A descabida posição de Cappelli parece sugerir a extinção do Fundo Constitucional do Distrito Federal como uma forma de atingir o governo Ibaneis, mesmo que isso cause sacrifícios aos interesses da população.
A posição destrambelhada de Cappelli tem o respaldo do ex-governador Rodrigo Rollemberg que fez o pior governo da história do DF.
Rollemberg, que pretende retornar à cena política do Distrito Federal, permanece em um silêncio sepulcral, sem fazer nenhuma defesa da manutenção do Fundo Constitucional.
Tanto Rollemberg quanto Cappelli querem chegar ao poder em 2026, nem que seja conspirando contra a população trabalhadora, da Saúde, Educação e da Segurança, que dependem do dinheiro do Fundo Constitucional para manter seus salários.