Até antes da decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF), que colocou no limbo político os candidatos condenados, dolosamente, por improbidade administrativa, o PL do Distrito Federal, tinha, a convicção, que elegeria facilmente três deputados federais nas eleições de outubro.
Hoje, o cenário é outro. A queda da candidatura de deputado federal do ex-governador José Roberto Arruda, abatido em pleno ar pelo tiro certeiro do STF, bem como a desistência voluntária da ex-secretária de Justiça do DF, Marcela Passamani, levou a antes toda poderosa nominata do PL, a lona.
No novo contexto, segundo os analistas políticos consultados pelo RadarDF, o PL elegerá apenas um deputado federal e não mais três parlamentares para a Câmara baixa do país, como imaginavam antes os seus dirigentes.
Dos dois candidatos mais fortes, eleitoralmente, para deputado federal, um deles pode dançar.
A briga promete ser grande, internamente, entre a deputada bolsonarista raiz, Bia Kicis, e o nem tanto ex-deputado Alberto Fraga.
Sem Arruda e sem Marcela Passamani, o PL terá que arrumar 180 mil votos para eleger um deputado federal.
Bia e Fraga, conversam, estão no mesmo partido, mas não se suportam.
A rusga entre os dois, grudou após Fraga sair falando mal de Bolsonaro, por não ser convidado pelo presidente, para ser um de seus ministros.
Embora Fraga diga que restabeleceu a amizade com o mito, mas os bolsonaristas xiitas não o perdoam.
Nesse contexto, segundo ainda os analistas, o presidente Jair Bolsonaro, que continua voando muito nas asas da preferência do eleitorado do DF, bem como o governador Ibaneis Rocha (MDB), líder absoluto nas pesquisas de intenção e votos, preferem ver Bia eleita do que Fraga.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF