Radar Político/Opinião DIREITO DE RESPOSTA

Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Sai daí, Zélio! Não há diretor que dê jeito no Detran; só a polícia na causa

Publicado em

Após fechar o ano de 2021, bombardeado por centenas de reclamações, pelos péssimos serviços prestados (veja aqui), o Detran DF inicia o ano de 2022 com a imagem pra lá de arranhada.

Nesta quarta (05/01), a Polícia Civil foi ao  encalço de uma máfia que estaria extorquindo empresários credenciados pelo órgão.

A Operação Blackmail, deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), apura, inicialmente, crimes de chantagens.

No entanto, de acordo com os investigadores, o amaranhando é grande e pode levar ainda a polícia a desemborcar em outras linhas de investigações.

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A ponta do novelo, a ser desenrolado, no  caminho inverso, do crime para o criminoso, apontou inicialmente a figura de um policial militar como o primeiro alvo da Blackmail.

Ele é acusado de ter extorquido empresários, prestadores de serviços do Detran, e teria recolhido R$ 3 milhões das vítimas. Sozinho? Não, acredita a polícia.

Os investigadores também sabem que uma máfia não só tem gente de fora. “Tem tentáculos”, disse reservadamente um investigador ao RadarDF.

Conforme o delegado, que investiga o caso, por trás do primeiro alvo tem outras pessoas no esquema que também viraram alvo das investigações. Quem são elas? Não sei. É do Detran? Sigilo total.

Computadores, celulares e documentos recolhidos na casa do militar, no Jardim Botânico, estão sendo minuciosamente analisados, cujo resultado pode levar a polícia a outras vertentes.

O histórico de descaminhos, que ataca o Detran, desde o seu nascimento, tornou-se um adversário difícil de ser vencido por qualquer gestor, mesmo sendo ele “durão e correto” como o atual diretor-geral, Zélio Maia.

Toda passagem de diretor pelo Detran é meteórica por perder a guerra.

Os que ficaram, até o fim, terminam comandando o órgão sob a bandeira do armísticio.

Apesar de demostra “dureza” e transparência no trato da coisa pública, mas neste caso, o Procurador licenciado Maia, não conseguiu botar o órgão que comanda na linha, conforme a promessa feita por ele no início de sua gestão.

Os escândalos, somados a montoeira de reclamação contra a “lerdeza” do Detran de emitir um simples documento por meio de um aplicativo, que nunca funciona, só ajudam a embaçar a imagem de Zélio Maia.

Uma  situação desgastante e vexatória  para quem se lançou, antes da hora, a uma candidatura de deputado federal, nas próximas eleições. Vendo por essa ótica, Maia queimou o seu projeto político antes da  largada.

Daí, o conselho: sai daí Zélio!

O que diz o Detran-DF

A operação policial não apura suposta corrupção na terceirização do serviço de vistoria, na verdade, investiga pedido de extorsão de um grupo de indivíduos a empresários, conforme as investigações realizadas pela  Polícia Civil.

Vale destacar que foi a própria Direção-Geral do Detran quem levou o fato ao conhecimento da Polícia Civil.

Logo que tomou conhecimento da existência de supostas irregularidades, o diretor-geral do Detran-DF, Zélio Maia, encaminhou ofício à Polícia Civil, solicitando abertura das investigações.

O Detran-DF tem trabalhado em conjunto com a Polícia Civil na apuração dos fatos.

Reforçamos que o processo de credenciamento de empresas de vistoria foi completamente transparente e seguiu rigorosos critérios técnicos o que, por sua vez, veio desagradar uma parcela dos atores anteriormente envolvidos.

Por fim, o Detran destaca que, caso os autos apontem para o envolvimento de qualquer servidor do Detran, a Direção-geral determinará a abertura de procedimento administrativo para a apuração dos fatos.

*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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