O fim da briga de foice no escuro, entre o ex-deputado Alberto Fraga (DEM), e o atual presidente do PSL no DF, Manoel Arruda, deve terminar tão logo seja julgado o processo de fusão entre os representantes dos dois partidos, que nascerá com o nome de União Brasil.
O julgamento da fusão será decidido pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcado para acontecer na noite desta terça-feira (08).
O União Brasil será o maior partido na Câmara e o mais rico tão logo fique pronto.
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O comando nacional do União Brasil ficará com o deputado federal Luciano Bivar (PE), atual presidente nacional do PSL, enquanto presidente nacional do DEM, ACM Neto (BA), ficará como vice-presidente. Isso já estar acertado.
A fusão entre os dois partidos, pode mexer na configuração da nova legenda, em vários estados, cujos intereses dos dois lados deverão ser fruto de intensa negociação entre Bivar e ACM Neto.
No caso do Distrito Federal, o PSL é comandado atualmente por Manoel Arruda. O Democratas pelo ex-deputado Alberto Fraga.
No banco das apostas, há uma tendência de que, no DF, o comando nacional partidário opte pela manutenção de Manoel Arruda, como o presidente do União.
Já do outro lado, tem Alberto Fraga, que já foi deputado federal por quatro mandatos e que vem trabalhando intensamente para controlar o partido.
Ele conta com o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado(DEM), e do próprio ACM Neto, ex-prefeito de Salvador.
No entanto, na queda de braço, Manoel Arruda pode levar a melhor.
Arruda é advogado pessoal de Luciano Bivar, há mais de 20 anos e conhecedor de todas as “caixas de segredos” do presidente nacional.
Um homem de confiança que dificilmente Bivar abriria mão.
Como a metafísica diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar, um acordo deve ser feito no andar de cima.
Pode ficar assim: Manoel Arruda, presidente, Fraga vice-presidente do União pelo Brasil do Distrito Federal.
Afinal, para onde Fraga iria, caso Bivar banque mesmo seu confidente advogado?
No PSB, do seu amigo Rollemberg, seria uma acomodação impossível para Alberto Fraga.
Dizem que Rollemberg e Fraga brigam e se insultam, mas depois se abraçam e bebem cervejas juntos, como em um encontro na praia de Aracaju.
É como uma espécie de amor platônico entre os dois, que também pode ser compreendido como amor impossível.
Voltando o assunto para o futuro do União pelo Brasil do DF, Manoel Arruda e Fraga concordam inteiramente em um único ponto de vista: ambos querem o deputado federal Luís Miranda(DEM), fora do partido.
Miranda já pode arrumar as malas, orar, orar e seguir para o Republicanos com as bênçãos de Julio Cesar e Gilvam Máximo.
*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui