Radar Político/Opinião DIREITO DE RESPOSTA

Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Quebra de hegemonia: DF pode eleger dois senadores de direita em 2026

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O Distrito Federal, tradicionalmente caracterizado pela presença expressiva de senadores de tendência à esquerda, pode experimentar uma mudança histórica nas eleições de 2026.

As estimativas indicam que o eleitorado brasiliense pode escolher dois postulantes de centro-direita e direita: o atual governador Ibaneis Rocha (MDB) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL)

Tal cenário, se for concretizado, quebraria uma longa hegemonia política que tem sido mantida no Senado da República pelo DF.

Desde o início dos anos 2000, a representação do Distrito Federal no Senado tem sido marcada pela predominância de políticos de esquerda ou alinhados a esse espectro político.

Durante o governo petista de Agnelo Queiroz, dois dos três senadores do Distrito Federal –Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB) – foram seus aliados.

Cristovam, reeleito em 2010, exerceu mandato até 2019, enquanto Rollemberg renunciou em 2015 para assumir o governo do DF.

O único nome de centro-direita no período foi Gim Argello (PTB), suplente de Joaquim Roriz, que permaneceu no cargo até 2015. Ainda assim, sua atuação foi pontuada por descaminhos.

Durante o governo Rollemberg, a configuração da representação do DF no Senado manteve sua inclinação à esquerda.

José Reguffe (PDT), eleito em 2014, compôs a bancada ao lado de Cristovam Buarque.

O terceiro nome, Hélio José, suplente de Rollemberg, assumiu sem respaldo eleitoral e passou por diferentes partidos, como o MDB e o PROS. Foi candidato a deputado federal na eleição seguinte, mas não obteve êxito.

A eleição de 2018 trouxe poucas alterações na correlação de forças e apoio político com o Buriti, que começou a ser comandado por Ibaneis Rocha a partir de 2019.

A esquerdista Leila Barros (PDT) e o conservador Izalci Lucas (PL) foram eleitos, mas este último manteve uma posição de oposição ao governador Ibaneis Rocha.

A única aliança política entre o governo local e o Senado foi estabelecida por Damares Alves (Republicanos), eleita em 2022, que atua em harmonia com a base política de Ibaneis.

O ano de 2025 se apresenta como um período pré-eleitoral e os nomes de Ibaneis Rocha e Michelle Bolsonaro são os favoritos para concorrer às duas vagas no Senado.

Ibaneis está em alta popularidade, segundo todos os institutos de pesquisas que o apontam como o mais importante líder político da atualidade no Distrito Federal.

A ex-primeira-dama, que tem um forte apoio do bolsonarismo, deve consolidar a sua candidatura ao Senado.

Até o presente momento, a esquerda não apresentou nomes capazes de competir com os dois. O vazio estratégico pode permitir uma dupla de direita e centro-direita representar o Distrito Federal no Senado.

Se não houver mudanças de nuvens, em 2027, as cadeiras do Senado, pertencentes ao DF, serão ocupadas por três senadores (Ibaneis/Michelle/Damares) alinhados à base política de Celina Leão, caso se reeleja governadora do Distrito Federal na próxima eleição.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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