Apesar de ter um presidente no comando do país, que lutará muito para se reeleger, o Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal tende a permanecer magro como um subpartido na disputa pelo Palácio do Buriti em 2026.
Se as eleições municipais dão o tom do que pode ser uma disputa majoritária de candidatos a governador e presidente da República, o PT, sem dúvidas, saiu bastante fragilizado no âmbito nacional no último dia 6 de outubro.
O centro e a direita elegeram 509 prefeitos nas eleições municipais deste ano.
O número é superior ao do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que elegeu menos da metade: 248 prefeitos.
Considerando o cenário da disputa eleitoral dos municípios do Entorno, que, historicamente, conta com o envolvimento de políticos do Distrito Federal, o PT não elegeu nenhum.
Os partidos da base aliada do governo Ibaneis/Celina foram os que mais se destacaram.
A disputa eleitoral terminou na região, uma vez que não haverá 2o turno nos municípios do Entorno de Brasília.
O PT enfrenta o mesmo problema de permanecer como coadjuvante por falta de nomes que possam liderar a chapa da federação PT/PV/PCdoB, como ocorreu em 2022, sob a liderança de Leandro Grass (PV)
Grass foi eleito deputado distrital em 2018 com míseros 5 mil votos e saiu das urnas em 2022 com 434.587 votos, como candidato a governador pela federação de esquerda.
Vozes petistas do DF dizem que o partido não quer mais se colocar como “maria-vai-com-as-outras”, como na última vez que favoreceu Grass.
Ele passou ser visível para Lula, sendo o único a ser nomeado pelo governo para o cargo de presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Os outros ficaram chupando o dedo.
Quem mais se queixa de ter que carregar o piano com gente de fora é o ex-deputado petista Geraldo Magela.
Ele confidencia que quer ser o candidato preferencial do partido ao governo na próxima eleição.
Outros defensores da união das esquerdas para tentar o poder em 2026 deixam claro que não haverá acento na janela do ônibus para quem não é considerado raiz do partido ou para quem ingresse nele como “cristão novo”. Talvez seja um recardo para Leandro Grass.
Enquanto os petistas remoem os seus dilemas, Ricardo do PSB, partido do ex-governador Rodrigo Rollemberg, movimenta por uma candidatura ao Buriti.
Esta semana, Ricardo Capelli, pretenso candidato ao governo em 2026, começou a trabalhar para ser mais conhecido pela população.
Para isso, iniciou-se o projeto de fazer um programa de rádio para detonar o governo Ibaneis/Celina.
A emissora selecionada foi a Rádio Atividade, de propriedade de Wigberto Ferreira Tartuce, também conhecido como Vigão.
Cappelli teria pagado adiantado R$10 mil por mês para virar locutor ao menos quatro vezes por mês. Se isso vai funcionar, ninguém sabe.