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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Política do DF se agita para 2026 com Ibaneis e Celina em destaque

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A movimentação política no Distrito Federal voltada para as eleições de 2026 começou de forma frenética e silenciosa, envolvendo diversos personagens e partidos políticos que disputarão o poder.

Durante os últimos seis anos, o governador Ibaneis Rocha (MDB) tem se destacado como o protagonista da política brasiliense, seja como gestor ou líder político, apesar de todas as tentativas explícitas e ocultas de minar sua liderança.

Faltando ainda 1 ano e cinco meses para a conclusão do seu segundo mandato, caso renuncie ao posto para disputar uma das duas vagas ao Senado destinadas ao DF, Ibaneis não terá dificuldade para se eleger senador da República.

Ele nada de braçada com um governo bem avaliado pela população, segundo pesquisas realizadas até o momento.

Ibaneis encerrará seu governo com sua liderança política intacta e como líder incontestável da aliança partidária que construiu e mantém até agora.

Na outra ponta, a vice-governadora Celina Leão (PP) faz o que mais gosta de fazer na vida: política no meio do povo.

Ela é a mais forte candidata à reeleição porque assumirá o Buriti se Ibaneis renunciar em abril de 2026, o que lhe dará muito poder político e condições para se reeleger.

Celina é uma política conciliadora e demonstra lealdade ao governador, e toma todos os cuidados necessários na ocupação do cargo de vice. Isso, Ibaneis, o líder máximo da aliança governista, não tem o que reclamar.

No entanto, nada é fácil na corrida eleitoral quando se trata da disputa pelo poder político e administrativo do Buriti.

Se há um consenso popular que aprova a gestão Ibaneis/Celina, também há um sentimento de oposição disposto a se manifestar na luta pelo poder.

Nesse campo, Leandro Grass tem a intenção de se tornar candidato da oposição novamente, mesmo que tenha que deixar o PV, seu partido de origem, e se filiar ao PT, que o rejeita por não ser considerado “raiz” pela militância histórica.

O ex-distrital foi derrotado em 2022, na disputa ao Buriti, liderando a federação PV/PT/PCdoB.

Apesar disso, foi o único a se dar bem: foi agraciado por Lula com o cargo de presidente do IPHAN. A “companheirada” que o carregou ficou sem nada.

O movimento pelo poder no DF também será afetado pelo cenário que envolverá a disputa pela presidência da República.

O PSD de Gilberto Kassab, liderado pelo empresário Paulo Octávio no Distrito Federal, foi o partido que mais elegeu prefeitos no Brasil nesta eleição de 2024 e não pode descartar uma candidatura própria para enfrentar o projeto de reeleição de Luís Inácio Lula da Silva.

O PSD precisa de nomes para disputar cargos de governadores e a estratégia da legenda  inclui o Distrito Federal.

O que se sabe é que não será Paulo Octávio como em 2022 por um simples motivo: P.O precisa eleger o filho, o jovem André Octávio Kubstchek a deputado federal. Ele enfrentou as urnas em 2022, mas não se elegeu.

Existe um movimento em torno do deputado federal Rafael Prudente, que deixaria o MDB, partido do qual foi presidente, quando presidiu a Câmara Legislativa, e ingressaria no PSD de Kassab com a missão de disputar o Buriti. Rafael nega.

Outro movimento com repercussão no DF é do União Brasil, que estaria disposto a lançar o nome do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um político de linha conservadora que pretende ocupar o espaço com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro após decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Não se sabe até agora quem do União Brasil do DF estaria disposto a disputar o Palácio do Buriti, fzer palanque ao presidenciável Ronaldo Caiado na capital federal. O senador Izalci Lucas (PL) tem sido sondado.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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