Dizem que o Distrito Federal é um dos entes federativos mais seguro para se viver sem tiroteios, como ocorre no Rio de Janeiro. No entanto, uma modalidade de crime vem crescendo no DF, o que faz colocar em cheque a “inteligência” de uma das Polícias mais preparada do país.
O furto de cabos elétricos vem causando prejuízos tanto ao operador CEB/Neonergia como à população que sofre com os constantes apagões.
Dados divulgados pela empresa energética, só nos primeiros seis meses de 2023, bandidos roubaram mais de 17 mil metros de fios causando um prejuízo de R$ 680.112,28.
Cidades com Águas Claras, Jardim Botânico, Núcleo Bandeirante e a Asa Norte no Plano Piloto de Brasília, são os principais alvos dos bandidos, privando os moradores de eletricidade, internet e telefone.
Até o Tororó, cujo barro possui uma rede elétrica precária e de péssima qualidade é atormentado, ora pelos raios que caem na região, ora pelos bandidos que levam tudo e deixa o povo sem energia.
Esse ato criminoso não representa apenas um problema de segurança, mas também causa prejuízos significativos à população, afetando a qualidade de vida e o funcionamento regular de serviços essenciais.
O aumento desse tipo de crime é, em parte, motivado pela lucratividade que os receptadores desses produtos roubados encontram no mercado.
A existência de uma máfia que compra produtos roubados no DF é um problema claro como a luz do dia que requer atenção imediata das autoridades.
É preciso que o Estado tome medidas preventivas para combater esse comércio ilegal, uma vez que não basta apenas prender os indivíduos que realizam os furtos, mas também é fundamental desmantelar a rede de receptores.
Não há até agora, uma rigorosa fiscalização nos estabelecimentos de ferro-velho no DF que possa identificar produtos roubados.
Também não há até agora, qualquer iniciativa de algum deputado distrital que ajude a criar leis que regulamentem e fiscalizem a compra desse tipo de material no Distrito Federal.
É fundamental que o Estado, em colaboração com as empresas de energia, a polícia e o poder legislativo, adote medidas rigorosas para combater essa atividade criminosa, desde a prevenção dos furtos até a desarticulação das redes de receptores.
Somente com uma abordagem abrangente e eficaz será possível combater esse problema e garantir a segurança e o bem-estar da população do Distrito Federal.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF