Gradualmente, o mapa de alianças partidárias começa a se desenhar para a disputa eleitoral de outubro deste ano, no Distrito Federal.
Diferente da campanha de 2018, em que Ibaneis Rocha (MDB), passou pelo primeiro turno, apenas com o apoio de cinco partidos, (MDB, Avante, PP, PSL e PPL), desta vez o projeto de reeleição do governador, deve contar com um poderoso arco de alianças, composto por oito agremiações partidárias.
Seis dessas agremiações, contam com os maiores minutos de propaganda, nos dois meios de propaganda (radio e TV).
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Os partidos que se incluem nessa lista, pró-Ibaneis, seguindo os critérios na distribuição dos 305 minutos de veiculação da propaganda política, adotados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para a eleição de 2022, estão: MDB, PL, PP, PSD, Republicano e Avante. Este último com um tempo menor.
O PRTB, hoje nas mãos do ex-governador José Roberto Arruda, marido da deputada federal e ministra Flávia Arruda (PL), candidata a senadora, na chapa majoritária de Ibaneis, em tese, deve se juntar com o PTN na mesma aliança para reeleger Ibaneis.
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Essas duas últimas agremiações partidárias, não contam com tempo de rádio e TV, mas construíram nominatas poderosas, capazes de eleger um bom quadro de candidatos a deputados para a Câmara Legislativas do Distrito Federal.
Enquanto o mapa da disputa pelo poder político do DF se define, revelando nas suas linhas geográficas, que a candidatura de reeleição de Ibaneis Rocha estar posta, na disputa pelo Buriti, não é o mesmo que acontece com as outras indefinidas candidaturas que postulam a se contraporem ao emedebista.
Ainda não se sabe, por exemplo, qual é o rumo do União pelo Brasil, partido que deve se fundir entre o PLS e o DEM, se vai ou não lançar uma candidatura própria, no campo nacional, à presidência da República.
No entanto, o União pode caminhar para uma federalização partidária que inclui o Pros e o Cidadania que, no DF, tem a senadora Leila do Vôlei.
Se isto acontecer, deve ocorrer mudanças bruscas no tabuleiro político brasiliense, até o dia 1º de Abril, prazo final para os interessados, mudarem de partidos.
Nos bastidores há um consenso, entre muitos analistas, que a senadora Leila migraria para o Podemos.
Ao invés de Reguffe, ela, que estar no meio do mandato, seria a candidata oficial ao governo do DF, sem prejuízo ao colega que está no fim do mandato e tem dificuldades de encarar o desafio.
O senador Reguffe ficaria livre e solto para disputar uma vaga na Câmara Federal pelo Podemos, partido que se encontra filiado desde 2019.
Nos cálculos da deputada Renata Abreu (SP), presidente do partido, Reguffe se elegeria folgadamente e ainda ajudaria a eleger mais um colega, do mesmo partido, com as sobras dos votos.
Vale ressaltar que, nestas eleições, interessa eleger deputados federais, mais do que eleger presidente da república, governador, deputados estaduais e ou distritais.
Reguffe para a Câmara federal, seria uma forma genial e cômoda para o político que, sempre fez uma campanha humilde e pé no chão.
Ele se livraria de uma candidatura ao Buriti, projeto que será obrigado a vender a alma ao diabo.
Na semana passada, o senador ficou desanimado diante de propostas considerada “obscenas”, mesmo sabendo que não existe almoço grátis na política.
*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui