A deputada federal do DF e ministra do governo Bolsonaro, Flávia Arruda, começa a enfrentar um grande dilema com o que pode resultar do encontro entre o presidente nacional do PL (Partido Liberal), Valdemar da Costa Neto, com o ex-presidente Lula, pré-candidato a presidência da República no próximo ano.
A reunião entre os dois políticos está prevista para acontecer no decorrer desta semana em Brasília.
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O dirigente nacional do PL deu o start da estratégia da legenda que levará o partido, gradualmente, deixar o governo bolsonarista.
Na segunda-feira passada (27/09), Costa Neto pediu a demissão do presidente do Banco do Nordeste, indicado pelo partido, após ter sido questionado por Bolsonaro sobre um contrato de uma ONG no valor de aproximadamente R$ 600 milhões.
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Voltando a ministra Flávia
Apesar de não ter sido indicada para ocupar o cargo de ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, pelo seu partido, o PL, por ser da cota pessoal de Arthur Lira (PP-AL), mesmo assim uma aliança entre o PL e o PT, em âmbito nacional, pode atrapalhar os planos de Flávia Arruda no governo Bolsonaro.
No evento dos 1.000 dias de Bolsonaro, acontecido na última sexta-feira, a ministra mobilizou quase uma centena de seguidores para dentro do Palácio do Planalto e falou do empenho dela e do presidente em ajuda ao DF sobre o grito da galera de mito!, mito!, Flavia governadora!
No seu discurso, não citou uma única vez o nome de Ibaneis Rocha (MDB), o que sugere que a ministra tem outros planos ocultos na sua agenda para 2022, ainda não compartilhado com o aliado governador que por hora fica só olhando a cada movimento.
Como a política muda como nuvens onde tudo pode acontecer, principalmente se Valdemar da Costa Neto levar o PL para os braços de Lula, a ministra terá duas opções: ou sai do seu partido para continuar aliada de Bolsonaro ou deixa o governo.