O esforço da grande maioria dos políticos do DF, sem a participação dos petistas, estará concentrado até o último segundo pela retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal, que o presidente Lula decidiu incluir no pacote de corte de gastos do governo que será votado ainda esta semana.
Se a diminuição do FCDF for aprovada, dificilmente, seja quem for o gestor do DF, conseguirá manter a Segurança Pública, a Saúde e a Educação da capital federal.
O Congresso Nacional tem até a próxima quinta-feira (19) para aprovar o pacote apresentado pela equipe econômica do governo do PT, bem como o Orçamento.
Na sexta, deputados e senadores entram em recesso.
Desde que assumiu o terceiro mandato, Lula tenta se vingar do DF, sufocando financeiramente a partir da diminuição dos repasses do Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Há mais de duas décadas, o FCDF mantém a estrutura da segurança pública, bem como as despesas da Educação e da Saúde, incluindo o pagamento dos salários dos profissionais das respectivas áreas.
A falta de popularidade do presidente no Distrito Federal seria um dos principais motivos para a implacável perseguição política contra o DF.
Lula enfrenta dificuldades para conquistar a simpatia dos eleitores brasilienses que não são fiéis ao petismo.
Todas as pesquisas realizadas até o presente momento mostram que Lula não consegue se tornar popular no Distrito Federal.
Vira e mexe, o PT acusa a população de bolsonarista como se o ex-presidente bonachão fosse dono absoluto da alma do eleitorado brasiliense.
Grande parte do povo daqui nunca suportou as sandices de Bolsonaro.
Ainda assim, Lula segue fazendo a política da perseguição contra o DF sob o pretexto da invasão e da depredação das sedes dos três poderes, em 8 de janeiro de 2023.
O que a população de Brasília tem a ver com isso para ser tão humilhada pelo governo petista?
Durante as últimas duas décadas, houve diversas tentativas no Congresso Nacional para acabar com o Fundo Constitucional do Distrito Federal, criado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Resistimos até aqui.
O Distrito Federal é o menor ente federativo do Brasil, com um quadrado de apenas 5.760,78 km2.
Brasília, que foi projetada em 1960 para abrigar 500 mil habitantes, hoje tem 3 milhões de habitantes.
Ou seja: duas vezes maior do que toda a população do vasto estado do Tocantins, que tem uma área de 277.423,62 km2.
A diferença é que o Tocantins desenvolve sua economia baseada no agronegócio.
Já o Distrito Federal, sem áreas para as indústrias, sobrevive com a economia gerada pelos salários dos funcionários públicos.
Sem vencer as eleições no DF desde 2014, quando um governador petista foi preso por corrupção, Lula e o PT do Distrito Federal acreditam que podem alterar esse cenário, mesmo que isso signifique deixar Brasília em situação de pobreza.
Deputados petistas, como Chico Vigilante, Erika Kokay e Gabriel Magno, tentam se equilibrar na “corda bamba” com o discurso sem “pé e nem cabeça”. Passaram a ser cobrados por servidores públicos e sindicatos, muitos deles ligados à CUT.
O PT do DF, que na eleição de 2022 serviu de “mula” para carregar a candidatura de Leandro Grass(PV), vai continuar “moribundo” e pronto para ser enterrado na disputa pelo Buriti em 2026, devido à política odiosa de Luis Inácio Lula da Silva contra a população de Brasília.