Se as eleições fossem hoje, a vice-governadora Celina Leão (PP) se reelegeria com uma grande maioria dos votos dos eleitores do Distrito Federal.
Pelo menos é o que apontou o último levantamento divulgado em 04/07 pelo Instituto Paraná Pesquisa sobre o cenário político local, embora as eleições no Distrito Federal ocorram apenas em 2026.
A vice-governadora ganharia por 22% dos votos em um cenário que reuni muitos outros nomes, no entanto, alguns declarados fora da disputa pelo Buriti.
Mesmo assim ela bateria no ex-governador inelegível José Roberto Arruda(PL) com 18,6% e na senadora Damares Alves (Republicanos) que aparece com 14,9%, mas que não é candidata em 2026.
O derrotado Leandro Grass (PV) que disputou o Buriti, em 2022, tem 13,2%.
A última vez que a cadeira número 1 do Palácio do Buriti foi ocupada por uma mulher foi em 2006, com Maria de Lourdes Abadia (PSDB), vice de Joaquim Roriz (MDB), que deixou o cargo para disputar o Senado naquele ano.
Abadia perdeu a eleição no 2º turno para José Roberto Arruda.
Agora, o cenário é bem diferente da disputa travada pelo Buriti há 18 anos. Celina faz parte de um dos governos mais bem avaliados em toda a história do Executivo local.
Ibaneis Rocha (MDB) é considerado um governador bem-sucedido, tendo sido o primeiro a ser reeleito em primeiro turno, algo nunca antes ocorrido.
Ao comparar a administração de Ibaneis com governos anteriores, como os de José Roberto Arruda (PL), Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), destaca-se que Ibaneis Rocha superou esses governos juntos em termos de número de obras realizadas.
Sem dúvida, passará por ele o planejamento da construção de uma forte aliança partidária para apoiar a candidatura de sua vice, ao governo do DF.
Celina, por sua vez, carrega na bagagem uma grande experiência como política e gestora.
Basta rever sua trajetória desde os primeiros passos no parlamento distrital em 2010 e 2014, chegando a ocupar a presidência da Câmara Legislativa do DF.
Em 2006, foi reeleita e, em 2018, eleita para a Câmara Federal, destacando-se por sua atuação em defesa dos direitos das mulheres.
Lutou por pautas como a igualdade de gênero, o combate à violência doméstica e a ampliação de oportunidades para as mulheres.
A antecipação das movimentações políticas para as eleições de 2026 no Distrito Federal é maior do que em outros locais, devido à ausência de eleições municipais em 2024.
O PT, que tradicionalmente lança candidatura própria ao Buriti, deixou de fazer isso em 2022 em apoio ao candidato derrotado Leandro Grass (PV).
O partido de Lula no DF sofre de inanição politica, apesar de ter três deputados distritais e uma federal.
Não tem nomes com musculatura para brigar pelo Buriti. O último governador petista foi Agnelo Quiroz, que não conseguiu se reeleger em 2014.
Sua gestão foi marcada por denúncias de corrupção e ele acabou preso posteriormente, acusado de corrupção e superfaturamento nas obras do Estádio Mané Garrincha.
Recentemente o ex-governador conseguiu ser inocentado das acusações, conseguindo restabelecer os seus direitos políticos.
Portanto, o PT parece ter perdido muito de sua força política e não consegue se rearticular e apresentar nomes competitivos.
Erika Kokay bate o pé quando é chamada a disputar o GDF. Trabalha para ter a vaga de senadora pelo partido ou então ficar onde está: na Câmara Federal.
No último levantamento do Paraná Pesquisa, não apareceu nenhum nome do PT no cenário da disputa pelo Buriti.
No atual contexto, Celina Leão, atuando, ora como vice, ora como governadora em Exercício, vai se consolidando gradualmente como uma liderança política de destaque no DF, com possibilidades de ser a primeira mulher eleita governadora na história do Distrito Federal.