Embora ainda falte lacrar os acordos para o fechamento de uma federação partidária, liderada pelo PT, que envolve o PCdoB, o PV e o PSB, o ex presidente do PT local, Geraldo Margela, pode ser o nome a ser escolhido para liderar, no DF, o palaque do ex-presidente Lula, candidato ao Planalto nas eleições de outubro.
A federação liderada pelo Partido dos Trabalhadores, que tem o ex-presidente petista na cabeça de chapa, ainda está sendo negociada com outros três partidos: PCdoB, o PV e o PSB.
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Ontem, (18/03) o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que vai se filiar ao PSB, na próxima terça-feira, para selar a chapa Lula-Alckmin.
No DF, apesar do projeto Lula contar com esses partidos, para uma provável federação, o nome que vem ganhando força, para tocar o palanque do presidenciável, é o do petista raiz, Geraldo Magela.
O argumento surgido no núcleo nacional da campanha petista, é que Magela possui melhor densidade política eleitoral em relação aos outros pretendentes à disputa majoritária única do bloco no DF.
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A última eleição disputada por Magela foi em 2014 ao cargo de senador ficando em terceiro lugar com mais de 269 mil votos.
Antes, em 2002, o petista protagonizou a disputa pelo Buriti, mas perdeu no segundo turno para Joaquim Roriz(MDB).
Internamente, há uma disputa dentro do PT local, que envolve, além de Magela, a presidente do Sinpro-DF, Rosilene Correa, que também lançou candidatura ao Buriti.
No entanto, a bola da professora murchou no próprio PT, em decorrência dos desgastes causados pelos anúncios de greves na educação, fato que revoltou os pais dos mais de 400 mil alunos da rede pública de ensino do DF.
Somado a isso, Rosilene ganhou a ira dos empresários das escolas da rede privada, ao reprovarem a atitude da sindicalista por tentar causar prejuízos econômicos a um dos setores que mais sofreu e acumulou dívidas durante a pandemia.
Fora dos muros petistas, o distrital Leandro Crass (PV), não tem estatura política para consolidar o seu “projeto faz de conta” ao Buriti.
Em 2018, Crass se elegeu na rabeira com 6 mil votos para a Câmara Legislativa do DF. Como o seu partido está incluído na federação petista o nome de Crass nem chega a ser cogitado.
Na “corrida de anãos” também se insere o ex-secretário de Educação do governo Ibaneis, o desconhecido Rafael Parante que sonha chegar ao Buriti pelo PSB.
Voltando a Magela, o Radar Político o procurou na noite de ontem, mas o petista não quis comentar o atual contexto político e nem sobre a sua possível escolha para comandar o palaque de Lula no DF. “Estamos esperando”, disse ele.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Quer saber mais? Clique aqui