O “Centrão”, formado por um consórcio de partidos, que reúne mais de 200 dos 513 deputados da Câmara Federal, aumenta a pressão sobre o governo Lula após a aprovação da Reforma Tributária, sendo ela a primeira vitória parcial do governo petista nos últimos seis meses no Poder.
O governo que empurrava com a barriga a exigência do Centrão, pela ocupação do Ministério do Turismo, teve que se render nesta quinta-feira(13), ao demitir definitivamente a ministra Daniela Carneiro, sendo substituída pelo deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA.
A agora, a ex-ministra e deputada federal mais votada no Rio de Janeiro, na última eleição, deve retomar o mandato na Câmara dos Deputados.
A pressão por cargos continuará em alta depois que os principais caciques do consórcio tomaram conhecimento do recado mandado pelo presidente Lula, por meio de uma “live” transmitida na terça-feira passada (11). Ele disse: “Não negocio com o centrão, mas com partidos”, disse.
A fala teria aumentado ainda mais a fome do centrão, já que os dois grandes projetos do governo, como o novo regime fiscal e o da reforma tributária, ainda não estão ao todo, votado e aprovado pelo Congresso.
Com a faca nos dentes, o Partido Progressista, do presidente da Câmara Arthur Lira (AL), exige agora a presidência da Caixa Econômica Federal, comandada atualmente por Rita Serrano.
A Caixa é a vitrine que comanda os grandes programas sociais de Lula como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
O nome de Gilberto Occhi, ex-presidente a Caixa, ex-ministro das Cidades de Dilma Rousseff(PT), e ex-presidente da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) do governo Ibaneis(MDB), já chegou ao governo Lula.
O PP também cresceu o olho e quer ainda o controle dos Correios e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco (Codevasf).
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF