Leandro Grass (PV), ex-deputado distrital e ex-candidato ao governo do Distrito Federal, ficará inelegível por oito anos, conforme decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal.
A condenação pode gerar graves consequências ao atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do governo Lula.
Ele deve “rodar” do emprego por infringir o artigo 15, paragrafo III da Lei Federal 14.204/2021.
A lei determina que Leandro informe imediatamente a sua inelegibilidade, cuja restrição o impede continuar como ocupante do cargo público de confiança nos próximos oito anos. Confira:
A sentença, anunciada ontem (04), também afeta Olgamir Amancia Ferreira, sua vice na chapa.
A dupla foi acusada de usar o horário gratuito eleitoral da eleição de 2022 para a promoção de propaganda mentirosa contra o então candidato Ibaneis Rocha (MDB), incluindo a disseminação de notícias falsas, grave desinformação, calúnias e difamações.
Enquanto isso, Ricardo Borges Caputo Taffner, o marqueteiro por trás das cortinas, protagoniza a clássica cena do “pagamento de multa”, lamentando os R$ 20 mil que, segundo ele, “doeram no bolso”.
A decisão recai sobre uma campanha marcada por desinformação e ataques à honra de adversários, utilizando mais de um milhão de reais em recursos públicos.
Agora, o atual presidente do Instituto Histórico Artístico Nacional (InPhan), conhecido nos corredores da política como o “Rei das Fake News“, está fora da disputa eleitoral para qualquer cargo até 2032.
O roteiro da propaganda enganosa utilizada por Grass no horário eleitoral gratuito foi considerado por unanimidade pelo Colegiado da Corte como a maior obra de ficção científica, tão falsas que nem o melhor dos efeitos especiais poderia tornar críveis.
Leandro levou um “Oscar Fake” onde o herói é punido por não aderir à verdade.
A decisão da Corte Eleitoral foi celebrada por Ibaneis Rocha, governador reeleito em 1º turno, em 2022, mesmo diante de tantas mentiras, injúrias e difamações disseminadas por Grass.
A queda de Leandro Grass foi festejada ainda mais pela base do PT do DF que, neste início do ano de 2024, se livrou do que eles chamam de “um fardo pesado” a que foi obrigado a carregar por imposição do PT nacional nas eleições de 2022.
Teve petista raiz que estourou um champanhe pelo infortúnio político de Grass, tal qual fez o mesmo com a queda de Rodrigo Rollemberg (PSB), provocada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.
Rollemberg, ex-governador pelo PSB, aclamado pela crítica especializada como o “Pior Governador que o DF já teve”, vivia a ansiedade desde o final do ano passado de voltar à Câmara dos Deputados, na vaga de Gilvan Máximo, caso a Suprema Corte fizesse valer as regras para distribuição das chamadas sobras eleitorais retroagidas a partir das eleições de 2022.
No entanto, a vontade do ex-governador do DF de retornar à cena política brasiliense foi por água abaixo.
Com a maioria dos votos dos ministros, o STF determinou que a regra comece a prevalecer a partir dessas eleições municipais de 2024.
Leandro e Rollemberg sempre foram elementos politicamente integráveis pelo PT do DF, que corria o perigo de desaparecer por completo do cenário político brasiliense, caso um dos dois voltasse a representar as esquerdas da capital federal em 2026.
Fica a lição: na política, assim como no cinema, nem sempre os protagonistas terminam com um final feliz.