10O silêncio repentino de PT e PSB do Distrito Federal sobre o escândalo envolvendo o Banco Master não surgiu ao acaso. Seus desdobramentos atingem figuras influentes no Planalto, Judiciário e Congresso.
A situação ganhou contornos decisivos quando o ministro Dias Toffoli determinou que qualquer investigação ou processo envolvendo o Banco Master fosse direcionado ao seu gabinete.
De quebra, colocou o processo sob sigilo de justiça. A Polícia Federal recuou imediatamente.
O banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Master, deixou o Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos e comemorou a liberdade na semana passada com uma garrafa de vinho avaliada em seis mil reais.
No Senado, apenas trinta e quatro senadores assinaram o pedido de criação da CPI. Na Câmara dos Deputados, o requerimento não prosperou. Na Câmara Legislativa do Distrito Federal, igualmente não avançou.
O recuo generalizado começou quando se tornou evidente o enorme telhado de vidro envolvendo figuras poderosas de múltiplas esferas políticas. Vai da direita a esquerda.
Interesses ideológicos e fisiológicos se misturaram, impedindo qualquer avanço sério.
Mesmo que essas CPIs fossem instaladas, seriam marcadas por blindagens, versões convenientes e investigações superficiais.
Serviriam apenas como palco midiático para discursos vazios, sem qualquer compromisso com a verdade.
Nenhum deputado distrital, federal ou senador demonstra real disposição para apurar o caso. Eles fingem em não saber o tamanho do rabo que enrola a República.
Portanto, o objetivo não é investigar, mas transformar o caso Master em oportunidades eleitoreiras convenientes. Sobre essas “palhaçadas politicas, a população do DF conhece bem.



