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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Futuro partidário de Gustavo Rocha, vice de Celina, segue ainda indefinido

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Gustavo Rocha, atual secretário da Casa Civil, surge como peça-chave na estratégia do governador Ibaneis Rocha (MDB) para as eleições de 2026.

Com uma trajetória consolidada no governo, Gustavo é visto como um nome de confiança para compor a chapa de Celina Leão, trazendo equilíbrio e continuidade ao projeto político do grupo.

A escolha de Gustavo vai ao encontro da intenção de Ibaneis de manter coesão, garantindo que o Republicanos, um dos partidos da base aliada, seja contemplado na chapa majoritária.

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Segundo informações, as conversas entre Ibaneis e o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, já teriam selado a filiação de Gustavo ao partido no Distrito Federal.

No entanto, a decisão enfrenta resistência no próprio Republicanos no DF.

O presidente local da legenda, Wanderley Tavares, opõe-se à escolha de Gustavo Rocha e trabalha para emplacar seu próprio nome como candidato a vice-governador.

Tavares tem adotado uma postura de pressão, ameaçando lançar uma candidatura própria do Republicanos ao governo do DF, como se o achaque político fosse o melhor caminho.

Essa estratégia, porém, não é nova. Em 2022, durante a campanha de reeleição de Ibaneis, Tavares tentou manobra semelhante, exigindo a vaga de vice para o Republicanos, no caso ele ou o irmão dele.

Sem sucesso, ele lançou a candidatura avulsa de Damares Alves ao Senado, uma decisão que acabou isolando o partido da chapa majoritária e resultando em sua exclusão do processo.

Quando quis refazer o caminho, já era tarde: ficou de fora. O filme encenado por Wanderley Tavares contem um roteiro manjado com “mocinhos” se matando com tiros no próprio pé.

É o que deve acontecer com o deputado considerado novato Fred Linhares, que acredita no conto de Tavares.

A insistência em uma candidatura própria, sem o aval do governador, pode levar o Republicanos a mais uma exclusão da chapa majoritária, repetindo o “filme velho” descrito no contexto político local.

Apesar da preferência pelo Republicanos, a filiação de Gustavo Rocha não está completamente definida, apesar de a escolha de partidos ser o último ato de quem deseja disputar uma eleição. Gustavo Rocha terá toda a paciência do mundo quanto a isso. Outros partidos surgem como alternativas viáveis.

O PSD, liderado pelo empresário Paulo Octávio, é uma das opções cogitadas. Paulo Octávio tem histórico de articulação política no DF e poderia oferecer um espaço estratégico para Gustavo, fortalecendo a chapa de Celina Leão com sua influência e recursos do partido.

Outra possibilidade é o PRD, presidido por Lucas Kontoyanis, que também poderia acolher Gustavo em uma aliança.

Por fim, o Avante, que já esteve próximo de Ibaneis em outros momentos, aparece como uma opção a ser resgatada, caso as negociações com o Republicanos não avancem.

Essa multiplicidade de opções só reforça a posição de Gustavo Rocha como um nome forte e desejado na política do DF.

A flexibilidade de escolha partidária demonstra a confiança de Ibaneis e Celina na capacidade de Gustavo de agregar valor à chapa, independentemente da legenda que represente.

Ou o Republicanos, se alinha às decisões do grupo ou arriscar-se a perder relevância.

A história recente mostra que tentativas de achaques políticos na base aliada de Ibaneis Rocha tendem a fracassar, e a insistência de Tavares pode custar aos Republicanos uma posição privilegiada na chapa majoritária governista em 2026.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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